Esta semana no portal A12, o arcebispo de Aparecida Dom Orlando Brandes abordou um assunto quase ignorado: o bullying vocacional.

Será que você já se deparou com estas situações?

A jovem chega para mãe e diz que quer seguir a vida missionária ou o jovem fala para os pais dizendo que quer ser padre. Pronto! Estoura a “III Guerra Mundial”.

Não é pouco o número de jovens que enfrentam dificuldades sérias para viver o chamado à vida religiosa.

O arcebispo classificou este comportamento hostil como bullying vocacional e identificou três tipos:

1 – Bullying dos colegas

Esse talvez seja a primeira provação. Seus amigos de escola ou trabalho podem não acolher bem o seu desejo que vai completamente contra a maré do mundo.

Dica: essa é uma boa hora de selecionar as suas amizades. Se pergunte se vale a pena manter perto de você alguém que não respeita (não quer dizer aceitar) suas escolhas.

Ouvir gozações e humilhação tem um limite –  a não ser que você tenha nervos de aço – chega uma hora que neste caminho você vai precisar de apoio nas horas difíceis, precisará de um amigo que te escute e não que resolva seus problemas te levando para “encher a cara”.

O período de discernimento vocacional é um momento de encontrar anjos que te acompanharão em oração por um bom tempo.

2 – Bullying dos familiares

Talvez a provação mais terrível para muitos vocacionados. Enfrentar a incompreensão, a decepção e até a revolta dos familiares pode tirar o sono dos jovens que estão para dar um passo para a vida religiosa.

“Isso não vai te dar futuro”, “Não foi para isso que eu te criei”, “Não vou ter netos?”, “Você vai abandonar a gente?” são algumas das frases que os vocacionados ouvem dos pais, irmãos e outros parentes quando querem desanimar a decisão.

Depois de comunicado, fica ‘o maior climão’ em casa simplesmente porque não conseguem entender as motivações de um passo vocacional.

Claro que haverá sofrimento, toda ruptura tem, mas é sua vida que está tomando um rumo, não deixe passar esta oportunidade.

Esta provação só pode ser vencida com oração e leitura orante da Palavra de Deus. Assim, o vocacionado consegue alicerçar ainda mais seu chamado e decisão.

3 – Bullying da sociedade

As piadas e caricaturas que fazem de padres e religiosos na mídia, no meio acadêmico, no ambiente de trabalho são grosseiras e ofensivas.

Vai ser padre? Então é homossexual ou pedófilo. Será religiosa? É uma frustrada com a vida e mal-amada.

A sociedade secular gosta de depreciar a Igreja e o faz através dos religiosos, tomando casos isolados e generalizando.

O melhor a fazer para aguentar este tsunami é se apegar a algum santo de devoção ou santo padroeiro. Este te servirá de apoio de intercessão no Céu e exemplo de virtudes aqui na terra.

Com informações de Portal A12