Rocky Balboa e a Quarentena

“Ninguém vai bater tão duro quanto a vida. Mas não se trata de bater duro, se trata de o quanto você aguenta apanhar e continuar.” (frase do personagem Rocky, no filme Rocky IV, 1985)

Creed à esquerda e Rocky Balboa à direitaVida e Arte

No ringue da nossa realidade, é necessário força, coragem e perseverança para combater nossos adversários.

A jornada do Rocky Balboa (franquia de cinco filmes)  nos direciona a essa verdade: de que as circunstâncias da nossa realidade nem sempre são fáceis de serem enfrentadas, mas que, quando há coragem para se inserir em cada uma delas, nos tornamos homens e mulheres com mais forma e substância, fortes diante das dificuldades.

Ao longo dos filmes da saga Rocky, vemos todo o árduo caminho que este homem teve que trilhar para realizar o seu chamado.

Durante esse tempo, foi necessário se inserir em cada pequena circunstância e dificuldade da vida, tendo que buscar a força e a perseverança para renunciar, sacrificar e realizar todos os meios que eram necessários para a alcançar àquele devido fim.

Sinopse

No primeiro filme, o Rocky, um mero cobrador, acolhe o chamado para lutar contra Apollo Creed, um grande e famoso lutador.

Aquele tinha a consciência da realidade em que se encontrava e da realidade que teria que enfrentar dentro do ringue.

As circunstâncias nas quais Balboa se encontrava não eram das melhores (chegando até mesmo a ter que utilizar pedaços de carne como saco de pancada para treinar), não ofereciam, portanto, todo o glamour presente na preparação do seu adversário.

Resquícios do Evangelho

Vemos na sua jornada, o que Nosso Senhor indicava no evangelho de João 16,33, de que no mundo haveremos de ter muitas aflições/dificuldades em meio ao caminho.

Todavia, ao invés de se abater e desistir, Rocky faz das suas limitações um trampolim para alçar voos mais altos.

Não se deixa ser tomado pelo medo, mas sim, é preenchido pela coragem e impulsionado pela perseverança.

E foi a partir disso que ele fez de cada dia, até o mais ruim e limitador, um dia de treino, para ganhar forma e estar pronto para enfrentar o que seria o maior desafio da sua vida.

Aplicando na vida

Essa, é uma forma prática de como podemos obedecer a ordem que o Senhor nos deixou em Josué 1,9 “Não foi eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde quer que ande”.

Hoje, somos chamados a trilhar o mesmo caminho preparatório do Rocky. Com a quarentena, fomos tomados por um sentimento de prisão, de limitação e escassez.

Isso, pode estar causando em muitos de nós um efeito paralisante diante da realidade prática.

Todavia, a realidade está posta, não há o que ser escolhido, mas há o que ser enfrentado.

Lutamos porquê?

A realidade se apresenta de forma objetiva e, por isso, exige de nós que a respondamos objetivamente. Rocky sabia exatamente pelo que estava lutando, e isso o impulsionou a responder objetivamente ao chamado de cada dia.

E nós, sabemos pelo que lutamos? Neste tempo, é importante deixar essa motivação bem viva em nós.

A missão (lê-se chamado) do Rocky, no primeiro filme, era vencer Apollo Creed dentro do ringue.

E foi necessário todo esse caminho de preparação, lhe exigindo força e perseverança, principalmente nos dias mais difíceis – limitadores -, para fazer o que precisava ser feito, independente do que estava sentido (medo, incerteza, ansiedade etc).

Lutamos porquê?

A realidade se apresenta de forma objetiva e, por isso, exige de nós que a respondamos objetivamente. Rocky sabia exatamente pelo que estava lutando, e isso o impulsionou a responder objetivamente ao chamado de cada dia.

E nós, sabemos pelo que lutamos? Neste tempo, é importante deixar essa motivação bem viva em nós.

A missão (lê-se chamado) do Rocky, no primeiro filme, era vencer Apollo Creed dentro do ringue.

E foi necessário todo esse caminho de preparação, lhe exigindo força e perseverança, principalmente nos dias mais difíceis – limitadores -, para fazer o que precisava ser feito, independente do que estava sentido (medo, incerteza, ansiedade etc).

Enfrentar o desafio da missão

Semelhantemente, a nossa missão deve ser honrada neste tempo presente, no campo dos estudos, das tarefas diárias, do trabalho (se possível for) e, principalmente, deve-se honrar nossa primeira e mais importante missão: alcançar a santidade.

Sim, mais que nunca, somos chamados hoje – diria “gritados” – a esse fim.

Depois de passar por todas as lições que sua preparação o proporcionou, o seu objetivo na luta não era ganhar, mas aguentar firme todos os quinze rounds.

Apanhar, mas levantar a cabeça em cada um deles para continuar. E foi isso que ele fez, perdeu a luta, mas venceu a guerra contra si mesmo, sua força venceu o seu medo.

Nossa luta de cada dia

Somos chamados a exercer neste tempo a mesma força, coragem e perseverança, ainda que diante das diversas limitações e dificuldades que nos são impostas e, mesmo sofrendo, continuarmos firmes, de pé, na certeza de que logo se inicia o próximo round, e  que a nossa missão vai para além desse tempo de luta.

Todavia, bem sabemos que para chegar a essa força e postura no ringue, nosso lutador precisou fortalecer o seu corpo através do treino e da alimentação, diariamente, independente do que acontecesse, sem desculpinhas.

Alimento e treinamento

De forma análoga, faz-se necessário que, diante de tudo que vem acontecendo, possamos buscar alimentar nosso espirito através da Contrição Perfeita, para nos desligarmos do mal que nos paralisa.

Da Eucaristia, para nos fortalecermos (que pode ser vivida, neste tempo, de forma espiritual em nossas casas).

Da Palavra, para nos animar, do Santo Rosário, para nunca estarmos sozinhos, e do Jejum, para silenciarmos nossa carne.

Simplesmente, as cinco pedrinhas que nos servem de alimento (entenda como uma proteína espiritual) para chegarmos firmes em nosso ringue e enfrentar com coragem os nossos Golias.

Todavia, não basta apenas alimentação, é necessário, como vimos, treino para nos aperfeiçoarmos.

E a prescrição de exercícios não poderia ser mais simples (não disse fácil de ser realizada): nos inserirmos todos os dias – de quarentena ou não – na realidade que nos é apresentada de forma objetiva, e respondê-la objetivamente, fazendo o que precisa ser feito, de maneira bem feita.

Ter uma meta

Pois, como já diria o aclamado psiquiatra Viktor Frankl, “o sentido da vida está dado naquilo que estou fazendo neste exato momento”, e, portanto, devo o realizar da melhor forma que consigo.

O filósofo Louis Lavelle já puxava nossa orelha quando nos dizia que, “quando fazemos as coisas mal feitas, participamos do mal, ao passo que, quando fazemos as coisas bem feitas, participamos conjuntamente com o bem”.

E qual o nosso maior Bem? Para Quem tudo realizamos?

Além disso, é importante lembrar que não existe tempo melhor para nos conhecermos, do que em meio as grandes dificuldades, em meio as lutas diárias.

Como nos recorda nosso protagonista, “quando sabemos pelo que estamos lutando, cada round nos revela mais sobre nós mesmos”.

Que possamos fazer de cada luta que travamos, um meio através do qual nos confrontaremos com nós mesmos, reconhecendo nossas limitações, misérias e desordens, buscando entender quem estamos sendo e qual a distância para chegarmos a ser quem deveríamos ser, é tempo de reorganizar a casa em meio a luta.

Rocky de braço erguido no topo de uma escadaria

Enfrentar o desafio da missão

Semelhantemente, a nossa missão deve ser honrada neste tempo presente, no campo dos estudos, das tarefas diárias, do trabalho (se possível for) e, principalmente, deve-se honrar nossa primeira e mais importante missão: alcançar a santidade.

Sim, mais que nunca, somos chamados hoje – diria “gritados” – a esse fim.

Depois de passar por todas as lições que sua preparação o proporcionou, o seu objetivo na luta não era ganhar, mas aguentar firme todos os quinze rounds.

Apanhar, mas levantar a cabeça em cada um deles para continuar. E foi isso que ele fez, perdeu a luta, mas venceu a guerra contra si mesmo, sua força venceu o seu medo.

Nossa luta de cada dia

Somos chamados a exercer neste tempo a mesma força, coragem e perseverança, ainda que diante das diversas limitações e dificuldades que nos são impostas e, mesmo sofrendo, continuarmos firmes, de pé, na certeza de que logo se inicia o próximo round, e  que a nossa missão vai para além desse tempo de luta.

Todavia, bem sabemos que para chegar a essa força e postura no ringue, nosso lutador precisou fortalecer o seu corpo através do treino e da alimentação, diariamente, independente do que acontecesse, sem desculpinhas.

Alimento e treinamento

De forma análoga, faz-se necessário que, diante de tudo que vem acontecendo, possamos buscar alimentar nosso espirito através da Contrição Perfeita, para nos desligarmos do mal que nos paralisa.

Da Eucaristia, para nos fortalecermos (que pode ser vivida, neste tempo, de forma espiritual em nossas casas).

Da Palavra, para nos animar, do Santo Rosário, para nunca estarmos sozinhos, e do Jejum, para silenciarmos nossa carne.

Simplesmente, as cinco pedrinhas que nos servem de alimento (entenda como uma proteína espiritual) para chegarmos firmes em nosso ringue e enfrentar com coragem os nossos Golias.

Todavia, não basta apenas alimentação, é necessário, como vimos, treino para nos aperfeiçoarmos.

E a prescrição de exercícios não poderia ser mais simples (não disse fácil de ser realizada): nos inserirmos todos os dias – de quarentena ou não – na realidade que nos é apresentada de forma objetiva, e respondê-la objetivamente, fazendo o que precisa ser feito, de maneira bem feita.

Ter uma meta

Pois, como já diria o aclamado psiquiatra Viktor Frankl, “o sentido da vida está dado naquilo que estou fazendo neste exato momento”, e, portanto, devo o realizar da melhor forma que consigo.

O filósofo Louis Lavelle já puxava nossa orelha quando nos dizia que, “quando fazemos as coisas mal feitas, participamos do mal, ao passo que, quando fazemos as coisas bem feitas, participamos conjuntamente com o bem”.

E qual o nosso maior Bem? Para Quem tudo realizamos?

Além disso, é importante lembrar que não existe tempo melhor para nos conhecermos, do que em meio as grandes dificuldades, em meio as lutas diárias.

Como nos recorda nosso protagonista, “quando sabemos pelo que estamos lutando, cada round nos revela mais sobre nós mesmos”.

Que possamos fazer de cada luta que travamos, um meio através do qual nos confrontaremos com nós mesmos, reconhecendo nossas limitações, misérias e desordens, buscando entender quem estamos sendo e qual a distância para chegarmos a ser quem deveríamos ser, é tempo de reorganizar a casa em meio a luta.

Quem disse que seria fácil?

Por fim, Rocky Balboa finda sua desafiadora e inspiradora carreira como lutador – pelo menos de forma simbólica – deixando um grande ensinamento para seu filho (e por que não, para nós?):

O mundo não é um grande arco-íris, é um lugar cruel que não quer saber o quanto você é durão, vai botar você de joelhos e você vai ficar de joelhos para sempre se você deixar.

Você, eu, ninguém vai bater tão duro quanto a vida, mas não se trata de bater duro, se trata do quanto você aguenta apanhar e seguir em frente, o quanto você é capaz de aguentar e continuar tentando, é assim que se consegue vencer”.

Olhar para Aquele que venceu o mundo

As circunstâncias nas quais nos encontramos podem estar nos batendo de forma dura e implacável, podemos estar prestes a ser nocauteados, e talvez sejamos, hoje ou amanhã.

E é bem provável que não estejamos revidando tão duramente quanto apanhamos, mas na luta que travamos nesta vida, a importância não está em quanto batemos, mas em quanto aguentamos suportamos os golpes que sofremos da nossa realidade.

Ao passo que Jesus nos alerta sobre os sofrimentos e dificuldades que teremos que suportar nesta caminhada, Ele nos ordena diante disso: “Coragem! Eu venci este mundo” (Jo 16,33).

Com o auxílio da Graça

Ainda haverá alguns rounds, por isso, busquemos alimentar nosso espírito e treinar a nossa força em meio a vida prática e cotidiana, na certeza de que não travamos esta luta sozinhos.

Ele prometeu que estaria conosco, em todos os momentos, qual fosse o tablado, “até o fim dos tempos” (Mt 28,20).

Peçamos a Nosso Senhor a graça da fortaleza e da perseverança em meio a este tempo, para suportarmos fielmente todas as pancadas que a vida possa nos dar.

Tenhamos a certeza de que cada round nos forma e nos fortalece para enfrentarmos os próximos.

E, estando no ringue, tenhamos bem claro por quem e pelo que estamos lutando, para mantermos fortes e lutar até o final. Preparados? O sino do tablado já soou…

Estejamos fortes, Deus abençoe

Lucas Lucena

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