No dia 05/07, o Papa Francisco promulgou o decreto que reconhece um milagre atribuído ao servo de Deus Arcebispo Fulton Sheen, que será em breve declarado beato.

O milagre aconteceu há nove anos quando um bebê nasceu sem os batimentos cardíacos. Os pais e amigos pediram um milagre pela intercessão do Arcebispo Sheen. Depois de mais de 60 minutos o bebê voltou à vida.

Biografia

Peter John Sheen nasceu no dia 8 de maio de 1895 em El Paso, no Estado de Illinois, EUA. De família católica, o garoto sempre frequentava as missas e passou a servir como coroinha. Um episódio curioso marcou o seu caminho vocacional.

Quando tinha 8 anos, ele deixou cair um galheteiro quebrando o objeto. O menino ficou com muito medo da bronca que levaria. Ao final da missa na sacristia, o presidente da celebração, o bispo John L. Spalding, se aproximou dele docemente e disse que um dia ele estudaria na Bélgica e seria teólogo e depois completou: “Algum dia, você será exatamente como eu sou”. 

O seu caminho seguiu conforme a “profecia”: ordenou-se padre aos 24 anos de idade e sua inteligência perspicaz o levou a estudar Filosofia na Universidade Católica de Louvain, Bélgica, como havia dito o outro padre anos atrás.

Aos 39 anos havia recebido o título de monsenhor sob o pontificado de Pio XI e mais e mais conquistava a simpatia de muitas pessoas, pois sua oratória era clara e irresistível; muitos eram evangelizados pelos seus discursos e pregações.

A mídia se deixa conquistar

Isso chamou a atenção dos meios de comunicação e em 1926 foi convidado por uma rádio a gravar uma série de palestras que iam ao ar nas noites de domingo. Por causa deste e de outros programas, ele recebia centenas de cartas por dia e viajava todo o país para dar palestras e conferências.

Sua primeira aparição num evento televisivo foi em 1940 e em 1951 foi sagrado bispo e inicia uma série de televisão chamada “Life is Worth Living” (Vale a Pena Viver), chegando a 30 milhões de espectadores. Ganhou Emmy (prêmio de melhor personalidade de TV).

Suas ações arrecadaram milhões de dólares para as missões católicas pelo mundo e as conversões aconteciam em grande número.

Sua bibliografia é vasta: publicou mais de 50 obras, tanto no período acadêmico, como neste período de evangelizador.

Era um homem de oração e sua devoção preferida era a hora santa diante do Santíssimo Sacramento. Ele morreu no dia 9 de dezembro de 1979 em Nova York.

Uma profecia para os nossos dias

Durante um programa de rádio no ano 1947, ele pronunciou palavras que resumem de forma muito clara o que vivemos hoje.

“Estamos no fim da cristandade, não como Igreja, mas uma vida econômica, política e social inspirada por princípios cristãos. Isso está terminando, nós o temos visto morrer. Veja os sintomas: a ruptura da família, o divórcio, o aborto, a imoralidade, a desonestidade geral.

Por que tão poucos percebem a gravidade de nossa atual crise? Em partes porque os homens não querem acreditar que seus próprios tempos são ruins, em parte porque envolve demasiada autoacusação e, principalmente, porque não têm padrões fora de si mesmos para avaliar seu tempo.

Somente aqueles que vivem pela fé sabem realmente o que está acontecendo no mundo. As grandes massas sem fé estão inconscientes dos processos destrutivos que ocorrem”.

Sobre a modernidade

“Muitos leem os mesmos romances que os pagãos modernos, educam seus filhos da mesma forma ímpia, escutam os mesmos comentaristas que não têm outra norma a não ser julgar hoje por ontem e amanhã por hoje, permitem que práticas pagãs, como divórcio e novos casamentos sejam introduzidos na família; não faltam os chamados líderes operários católicos que recomendam comunistas para o Congresso ou escritores católicos que aceitam as presidências nas organizações da frente comunista para inculcar ideias totalitárias nos filmes”.

Com informações de:

O Fiel Católico

ACI Digital