São Francisco Santa Jacinta e Lúcia

“Eu sou do Céu”: Maria aos pastorinhos em Fátima a 13 maio de 1917

“A 13 de maio na Cova Iria, no céu aparece a Virgem Maria”. Este é o tradicional canto das festas marianas onde na primeira estrofe vemos o início da história dos três pastorinhos e Maria Santíssima.

Em tempo de guerra

Era 1917, o mundo enfrentava os horrores da Primeira Guerra Mundial e o Papa da época Bento XV fazia um pedido à Mãe de Deus “Rainha da Paz, rogai por nós”. Ele introduziria esta invocação na ladainha em junho e convidava os fiéis e principalmente as crianças a dirigirem preces à Maria.

No dia 13 de maio na capela Sistina o Papa ordenava arcebispo o Monsenhor Pacelli, futuro Papa Pio XII. Na mesma manhã em Portugal, Lúcia, Francisco e Jacinta estavam na Missa e na homilia o pároco pediu para que as famílias rezassem o terço pelos soldados em campo de batalha.

“Vimos um relâmpago”

Após à Missa como era costume, as crianças foram pastorear as ovelhas. Entre brincadeiras e orações o tempo passava de forma leve. Foi quando por volta do meio dia (12h) algo aconteceu. Quem nos conta é a Lúcia:

“Vimos um relâmpago para o lado do nascente, e, receando que viesse
trovoada, embora estivesse bom tempo, eu disse ao Francisco que era melhor irmos para casa, recolher o gado”. (Lúcia, 8.07.1924; cf. c. 27.05.1917; 19.10.1917; 1.08.1918; Memórias, IV, II, Nov. Dez. 1941)

As crianças foram apressadas conduzindo as ovelhas pela encosta quando viram outro relâmpago e depois logo à frente, em cima de uma pequena árvore, viram uma “Senhora”.

São Francisco Santa Jacinta e Lúcia

O medo levou as crianças a contarem o fato para o pároco 15 dias depois do 13 de maio. Lúcia descreveu o encontro dizendo que a Senhora disse “não tenham medo eu não vos faço mal“.

O diálogo entre a criança e Nossa Senhora é belo e simples e tem muito a nos falar:

– Que lugar é o de Vossemecê?
Ela disse:
– O meu lugar é o Céu.
– Para que é que Vossemecê cá vem ao mundo?
– Venho cá para te dizer que venhas cá, todos os meses, até fazer seis meses, e, no fim de seis meses, te direi o que quero.
– Vossemecê sabe-me dizer se a guerra ainda dura muito tempo ou se acaba breve?
– Não te posso dizer ainda, enquanto te não disser também o que quero.
Perguntei-lhe se ia para o Céu, e ela disse-me:
– Tu vais.
– E minha prima?
– Também vai.
– E meu primo?
– Esse ainda há de rezar as continhas (terço) dele”.

Depois de saberem que os três iriam para o Céu, a Senhora lhes diz:

– Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?
 Sim, queremos – foi a nossa resposta.
– Ides, pois, tem muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

Intercessores pela paz

Santuário de Fátima Procissão das Velas

Antes de ir embora e voltar para o Céu, Maria deixa aos pequenos uma outra tarefa; rezar.

“Rezem o terço, todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra”. 

No site do Santuário de Fátima em Portugal você encontrará a narração completa deste dia além de outras histórias emocionantes.

A nós cabe seguir os passos destas simples crianças que de uma maneira tão intensa entregaram suas vida de forma corajosa e perseverante nas mãos de Deus.

Que a Nossa Senhora de Fátima nos conduza a uma verdadeira conversão e nos transforme em ofertas vivas para Deus Pai e seu filho Jesus. Assim seja.

Nossa Senhora Rainha da Paz, rogai por nós!

Segundo fonte de Fatima.pt

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