Rosa Maria, uma vida dedicada ao serviço de Deus

“Essa irmã foi vítima de um câncer no ano 2015. Sua vida foi sendo consumida muito rapidamente, todavia, sempre buscou entregar-se complemente nas mãos de Deus, mesmo em meio às maiores dores físicas e espirituais.

A Fraternidade do Céu

Desde o início, a Aliança de Misericórdia vem experimentando a duras penas o que é a fundação de um carisma: tivemos muitas alegrias e também perdas. Alguns irmãos, de diversos elos ao longo destes 20 anos, dedicaram suas vidas a essa obra aqui na Terra e agora fazem parte do que chamamos “a fraternidade do Céu”.

Nomeamos assim porque entendemos que ao chegarmos finalmente à morada celeste nossa comunhão com Deus, e NELE com os irmãos, será perfeita. Neste mundo tentamos, de modo imperfeito, às vezes acertamos, outras erramos e recomeçamos.

Cada irmão que partiu deixou uma marca em nossa família e principalmente nos grupos onde estavam inseridos, assim foi com Nivaldo, o primeiro filho da misericórdia. Poderíamos falar de cada um, mas hoje queremos fazer memória de uma mulher forte e dedicada ao serviço de Deus: Rosa Maria, ou, simplesmente, Rosa.

Uma mulher dedicada a Deus

Quem nos conta um pouco sobre quem foi esta irmã é a missionária de vida Eveline, que viveu muito perto de Rosa:

“Essa irmã foi vítima de um câncer no ano 2015. Sua vida foi sendo consumida muito rapidamente, todavia, sempre buscou entregar-se complemente nas mãos de Deus, mesmo em meio às maiores dores físicas e espirituais.

Conheci a Rosa no final do ano de 2000 quando celebrávamos a Missa de Cura e libertação na Igreja São Sebastião em Perdizes, ela participava da RCC. No ano seguinte, quando mudamos a Missa para a Igreja de Santo Expedito, ela manifestou o desejo de continuar a ser serva da Missa, e a partir daquele momento escolheu fazer parte da Aliança de Misericórdia.

Rosa era ‘pau para toda hora’, sempre disponível e muito atenta a todos que se aproximavam, uma grande amiga e irmã de Comunidade. Quando descobriu sua vocação dentro da Aliança se entregou totalmente ao chamado de Deus.

Não media esforços

Uma das características da Rosa era justamente esta: se entregar com força para o chamado de Deus em sua vida. Ela se tornava uma ‘leoa’ quando o assunto era os filhos, tanto de sangue como os espirituais; não media tempo nem forças para ajudá-los no que fosse possível.

Com ela, fazíamos parte da equipe que organizava os encontros de Cura e Libertação do Pe. Antonello na Casa Restaura-me, e demos início ao grupo Pe. Pio.

Uma outra característica desta irmã era que trabalhava muito; quantas vezes a vi toda descabelada para ajudar uma pessoa, para acompanhar a Comunidade de Aliança (segundo elo) que crescia em São Paulo e em outros lugares, e para fazer atendimento de oração.

Rosa tinha uma característica marcante e acredito que todos lembrem dela assim. Qualquer pessoa que se aproximava dela era acolhida com muito carinho; para Rosa não tinha diferença, todos eram tratados com olhar de compaixão, seja no atendimento de oração, seja no aconselhamento espiritual, seja para correção. Qualquer pessoa era digna de ser amada.”

Ministério da compaixão

Outras características muito forte era o seu ministério de cura e libertação. Ela dedicou muito tempo a atender as pessoas que estavam enfermas na alma ou vitimadas pela ação do mal em suas vidas.

“Todas as vezes que eu me lembro da Rosa, duas palavras me aparecem rapidamente:

A primeira palavra é generosidade e a segunda autoridade. Generosidade porque a Rosa com os pobres, com os ricos, com os irmãos de comunidade, sempre era uma pessoa muito generosa e que dividia tudo o que tinha.

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Sempre que via algum missionário ou alguém precisando de alguma coisa fazia uma ponte, pedia alguma coisa a alguém para poder ajudar; era uma pessoa que não pedia coisas para si e fazia com generosidade para cuidar dos irmãos, em todos os sentidos. Ela era uma mulher também da providência, da ponte de misericórdia.

Dentro dessa realidade entra a questão da autoridade. Ela tinha a autoridade que era própria do seu ministério de libertação; ela rezava muito pela libertação das pessoas e o ministério dela era muito fecundo nesse sentido.

Essa autoridade também era sobre a vida: a Rosa era conselheira. Ela não era só diretora espiritual das pessoas, ela era alguém que quando você estava passando alguma dificuldade, era alguém confiável que você podia partilhar seu coração. Daí ela usava da autoridade de oração para poder rezar pelas pessoas.

Acredito que generosidade e autoridade são palavras que fizeram parte da vida dessa irmã, que faz tanta falta, mas que com certeza intercede por nós junto a Deus Pai”. (Júlio Neto, missionário de vida)

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