Maria, nossa Mãe e Intercessora
Neste mês dedicado à Maria demos mais atenção a meditarmos sobre a presença desta Mãe e Intercessora em nossas vidas.
Como começou a devoção a Maria?
Quando algum irmão protestante vier dizer que a devoção a Maria não é legítima porque não está na bíblia você pode responder: errado.
“Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lc 1,28). As palavras do Anjo no momento da Anunciação soam com o respeito de alguém que sabe entrar num lugar puro. Poderia a Igreja e os fiéis terem menor devoção a Maria do que o arcanjo Gabriel enviado pelo próprio Deus?
Quando em Caná da Galiléia os noivos confiam a falta de vinho a Maria, talvez intuíram que aquela Mulher poderia de alguma forma ajudá-los. Só não imaginavam que a partir dali Jesus faria o milagre que daria início a sua vida pública.
Os primeiros cristãos
Os primeiros cristãos também sabiam prestar a devida devoção à Mãe de Deus.
Foi encontrado no século II, na Catacumba de Priscila gravuras nas paredes com a imagem de Maria com o Menino Jesus nos braços. Nas catacumbas romanas os cristãos se encontravam ocultamente devido à perseguição do imperador.
Também nas Catacumbas de São Pedro e São Marcelino há uma pintura de Pedro e Paulo com Maria ao centro com as mãos erguidas ao céu em oração.
Uma oração oração chamada “Sob a vossa proteção”, era rezada pelos cristãos desde do século III/IV.
“Sob a proteção da tua misericórdia nos refugiamos, Mãe de Deus; não rejeites as súplicas nas dificuldades, mas salva-nos do perigo, única bendita. Amém.”
Os Padres da Igreja (grandes teólogos e místicos) já mostravam aos fiéis o valor da devoção a Maria. Tinham a clareza, todavia, de que a devoção a Maria não apagava a adoração a Deus.
“Maria é templo de Deus, e não o Deus do templo” (Santo Ambrósio).
Uma mãe nunca ofusca o filho
Não tenhamos medo de ter Maria como nossa Mãe e Intercessora, por receio de abandonar Jesus.
Mães têm esse dom. Elas são brilhantes, dedicadas, atenciosas, mas quem brilha mesmo são os filhos. Isso porque tudo o que elas fazem é em função deles. Exagero? Qual mãe mãe que um dia não saiu dizendo “hoje vou comprar algo para mim, eu mereço!” Horas depois, está com a sacola cheia de coisinhas para os filhos?
Assim é Maria. Toda vez que nos aproximamos dela, com seu perfume, seu sorriso ela nos mostra, nos leva até o Filho, pois ela vive por Jesus. E ela também quer ser a nossa mãe para estar conosco em todos os momentos.
Recorra a Maria
Lembro-me de um amigo que durante toda a sua adolescência se declarava ateu. Sua mãe era muito devota de Nossa Senhora de Fátima e sempre, quando ele saía de madrugada com amigos, ficava rezando o terço aos pés de uma imagem de Maria.
As orações surtiram efeito e ele, depois de aceitar um convite para fazer um encontro para jovens, fez uma experiência profunda com Jesus. Ele conheceu o Mestre e abandonou tudo.
Sua caminhada foi tão profunda que sentiu o desejo de tornar-se sacerdote. Todavia ele partilhava, de maneira muito simples, como batalhava contra “os restos do ateísmo” que ainda guerreavam em sua mente.
Disse-me certa vez que era algo que por vezes o flagelava e que a única coisa que o acalmava era o Rosário. Dizia: “É incrível Fernanda, toda vez que esses pensamentos de falta de fé me assaltam, tomo o meu terço, e começo a rezar. Logo o turbilhão na minha mente começa a serenar e tudo passa”.
Hoje ele é um sacerdote fiel e muito querido pelos seus paroquianos.
Termino esta breve partilha convidando você a ser mais filho/filha; faça a sua devoção seja ela o terço, o Ofício, o Angelus, enfim. Dedique um tempo para conversar e confiar sua vida nas mãos de tão bela intercessora.
Salve Maria!
0 Comments