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Lembas – O Pão dos Elfos ou seria o Pão dos Anjos?

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Você já deve ter ouvido falar de símbolos escondidos em livros e filmes e de referências ocultas nessas obras. Infelizmente, em geral, essas referências são todas pagãs, mas hoje queremos falar de uma obra com um profundo simbolismo católico.

A Obra de Tolkien, em especial o Senhor dos Anéis é uma obra de fantasia, mas, de acordo com o próprio autor, é uma obra católica.

Tolkien, o escritor britânico, era um católico devoto e afirmou que sua obra era profundamente católica, pois precisava, através da fantasia, falar da verdade da Revelação Divina.

Pois bem, tendo esse contexto claro e aproveitando a ocasião do mês de junho, mês da Eucaristia, onde celebramos o Corpus Christi, e com as férias escolares se aproximando, queremos fazer uma pequena reflexão sobre a clara referência à Eucaristia que encontramos na obra de Tolkin.

Lembas, o pão dos Elfos

Em “O Senhor dos Anéis”, em especial nos livros, somos apresentados ao “lembas”, um pão élfico, capaz de restaurar a força de quem o comia, seja com apenas uma mordida. Pão esse entregue aos hobbits pelos elfos (muitas vezes comparados com os Anjos e Santos).

Vejamos o que a própria obra nos diz:

“O lembas tinha uma virtude sem a qual os dois teriam há muito tempo se deitado à espera da morte. (…) aquele pão-de-viagem dos elfos tinha um poder que aumentava à medida que os viajantes confiavam apenas nele, sem misturá-lo a outras comidas. Alimentava a disposição e dava forças para resistir; e para dominar os tendões e os membros, uma capacidade que ia além da medida dos mortais.” (Capítulo III, o Retorno do Rei)

Pão esse que, ao ser comido por alguém que estava nas trevas (pecado) fazia mal. A criatura Gollum, chamava o lembas de “pão nojento dos elfos”, e os orcs odiavam “a mera visão e o cheiro do lembas”. (cap. I,O Retorno do rei).

O lembas é, portanto, uma clara analogia à Eucaristia, o Pão dos Céus que alimenta e dá forma ao homem, presença real e substancial do Deus encarnado.

Sobre ele, o próprio Tolkien afirmou: “Nenhuma análise de laboratório revelaria as propriedades químicas do lembas, o que o tornava um bolo superior a outras preparações de trigo”.

“O lembas também possui um significado muito maior, o qual se poderia hesitantemente chamar do tipo ‘religioso’”.

Vale ressaltar que Tolkien era um homem de missa diária e tinha em sua vida a Eucaristia como centro do seu dia.

É importante ressaltar que o lembas não é a eucaristia, pois Cristo não se revelou dentro da obra do senhor dos anéis, mas é um símbolo, uma analogia da Eucaristia que é dada a nós.

Uma referência que nos ajuda a compreender um pouco do seu poder, uma analogia inserida dentro de uma das obras de fantasias que mais alcançou o mundo; que foram lidas por milhares de crianças e adolescentes e que influenciou toda uma geração.

Ele é o alimento para a aventura, o pão dos povos livres da Terra Média, não é um pão comum, é o verdadeiro alimento.

Assim como a Eucaristia, que é o Verdadeiro Alimento dos Cristãos, aquele que dá forças e nos liberta do pecado, o alimento do homem comum, o fiel que com sua família vai à missa.

Mas é também, de acordo com São Tomás de Aquino, o Pão dos Anjos, Pão de Eternidade, o próprio Deus dado ao homem!

“Eis o pão que os anjos comem

transformado em pão do homem;

só os filhos o consomem:

não será lançado aos cães!” (hino Lauda Sion)

Hoje, o que mais vemos são símbolos que remetem à ideologias, símbolos com referências ao paganismo nas obras de ficção. Por isso, quando encontramos uma referência católica, um símbolo que nos eleva e nos aproxima mais de Deus, que pode ajudar a nós e a nossos filhos a terem um maior amor e veneração pela Eucaristia, devemos também reforçar.

O Senhor dos Anéis é uma obra completa de simbolismos católicos e que vale a pena ser lida.

 

Veja também: Dica de leitura| “O Hobbit”: um chamado da providência

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