Juventude, Santidade e Propósito de vida

Seguindo a série “Aliança no Céu”, esta semana estamos lembrando em nossas redes sociais o testemunho de duas jovens que trazem muito em comum, como: a origem cearense, a juventude, a santidade, a expressão viva da misericórdia e um sentido maior em meio a dor. São elas: Vitória e Celina, duas guerreiras que fizeram do sofrimento uma ponte de misericórdia.

O que um jovem pode ensinar?

“Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te mode­lo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade” (I Timóteo 4, 12).

Com essas palavras, São Paulo orientava Timóteo a permanecer firme no testemunho de fé e a muitos salvar através das suas escolhas e ensinamentos. Ser jovem não o impedia de trilhar o caminho do Céu e muito menos de ser exemplo a tantos outros, possivelmente mais velhos.

E o mesmo contemplamos nas histórias da Celina e da Vitória, que nos deixaram cedo, após uma luta intensa contra o câncer. Mas, “como potentes sementes” germinaram na dura terra do sofrimento, e hoje somos “alimentados” espiritualmente por seus inúmeros frutos de santidade.

Veja aqui a história da Vitória, contada por sua mãe e amigos. A jovem que, apesar de sua dor dizia: “Deus é maior que todo sofrimento” e ainda: “o Céu é logo ali”. E conheça a Celina, que se tonou semente de uma nova geração em Fortaleza, sendo instrumento de conversão para muitos jovens.

O Céu é logo ali! Não deixemos o tempo escoar

Ambas passaram pela dura prova de aceitação, medo e luta. Fortaleceram a fé diariamente, aprenderam em vida que o Céu é nosso fim último, nos ensinando que precisamos fazer desta vida passageira uma passagem para a Eternidade junto a Deus. Que de nada vale uma vida sem sentido.

E aqui vale a pergunta essencial nessa reflexão: como você tem vivido seus dias? Qual o seu propósito diário?

Dom Bosco, em sua carta aos jovens, num trecho dizia:

“(…) A segunda artimanha do demônio consiste em fazê-lo conceber uma falsa esperança duma longa vida que permite converter-se na velhice ou na hora da morte. Prestem atenção, meus caros jovens, muitos se deixaram perder por esta mentira. Quem nos garante que chegaremos à velhice? Se se tratasse de fazer um pacto com a morte e de esperar até então… Mas a vida e a morte estão entres as mãos de Deus que dispõe de tudo a seu bel prazer.

E mesmo se Deus lhe concedesse uma longa vida, escutai, entretanto, sua advertência: ‘o caminho do homem começa na juventude, ele o segue na velhice até a morte’. Ou seja, se, jovens, começamos uma vida exemplar, seremos exemplares na idade adulta, nossa morte será santa e nos fará entrar na felicidade eterna(…)”

Quem nos garante que chegaremos à velhice?

Lutando contra o câncer, com 19 anos, Vitória descobriu que ele poderia lhe tirar tudo, menos o amor de Deus por ela. E, admiravelmente, isso a fazia sorrir. Como conta seus amigos, tinha uma doçura de menina, a força de uma mulher de oração e o coração desejoso de ser ponte de misericórdia, o que assim sua vida se transformou.

Já a Celina, ela faleceu aos 24 anos. No dia do seu velório nasceu o grupo Sementes, que em Fortaleza já foi responsável pelo encontro de mais de 500 jovens com amor de Deus.

“A Celina deixou para nós muitos filhos, mais de 500 jovens já passaram pelo grupo Sementes, através do ‘Thalita Kum’. Nós estamos muito realizados porque tivemos uma filha maravilhosa, e nos deu essa lição de superar essa dificuldade tão grande. Estava começando a vida dela e um câncer fatal e irreversível veio. Através dessa sementinha que se foi, quantas vidas vieram para Ele”, disse Luiz Roberto, pai de Celina.

“Prestem atenção, meus caros jovens, muitos se deixaram perder por esta mentira. Quem nos garante que chegaremos à velhice? Se se tratasse de fazer um pacto com a morte e de esperar até então… Mas a vida e a morte estão entres as mãos de Deus”.

Juventude e santidade

Se tem outra coisa que essas meninas nos ensinam é a transformar nosso sofrimento em bálsamo para a conversão do mundo. Esse oferecimento, no “escondimento”, é capaz de salvar uma multidão de pecadores.

Afinal, não foi isso que nosso Senhor nos pediu? Não foi exatamente isso que Santa Teresinha fez enquanto sofria de tuberculose no Carmelo? Santa Teresinha também morreu jovem, mas conquistou tanto.

A grandiosidade na pequenez da alma

Olhando externamente, Santa Teresinha viveu uma vida simples e sem significado, mas quando olhamos de perto vemos a magnitude daquilo que ela fez na Terra, com pequenos oferecimentos de amor e sofrimento, com a oração por aqueles que precisam, sem que ninguém soubesse.

Aprender a santificar nossas dores, a dar significado ao nosso sofrimento, seja ele qual for, e uni-lo ao Cristo crucificado, é uma das maiores escolhas de santidade que podemos fazer.

Santa Teresinha ofereceu sua tuberculose, Vitória e Celina ofereceram o seu câncer e nunca deixaram de sorrir e anunciar: “o Céu é logo ali!”.

Mãe, porque você está triste assim, cabisbaixa? Cadê a sua fé? Esse é o momento de você expressar a sua fé, eu vou sair dessa vida e ir para um lugar muito melhor, vou para junto de Deus, fique tranquila. De lá eu vou te mandar sinais de que eu estou bem”, disse Celina à sua mãe, dona Marta, dias antes do seu falecimento.

De volta pra Casa

Jovens, não deixem a vida escoar em meio as vaidades, aquilo que passa e acaba sem deixar rastros do Céu. A maior esperança que nossa vida encerra é a de voltar para Casa, a esperança do Paraíso.

Que Celina e Vitória possam nos ajudar a viver com um verdadeiro propósito, a “ressignificar” nossos sofrimentos e a santificar a nossa vida.

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