Qual devoção mariana combina com você?

Quando alguém diz que é devoto de Nossa Senhora, quer deixar claro que venera a Mãe de Jesus e dedica-lhe alguma prática devocional externa.

Entender o caminho devocional

A devoção externa é todo ato de carinho e respeito a algum santo, que o fiel empenha, desde que esteja de acordo com culto de dulia ou hiperdulia.

O primeiro, dulia, é o culto de veneração, voltado para os santos e servos de Deus. Dentro deste existe o culto de protrodulia e se destina a São José, patrono universal da Igreja.

A Virgem Maria, porém, tem lugar especial. À ela é destinado o culto de hiperdulia que é uma devoção maior que a dos santos, mas que não chega a ter as mesmas proporções que o culto de latria (adoração). Este último é a adoração só devida a Deus.

Como reforça São Luiz Maria G. Monfort, a devoção externa não tem sentido se não for movida pela interna; é o amor que deve mover qualquer ação piedosa e não o interesse, o medo ou a vaidade.

Feita esta breve explicação vamos apontar aqui, mais especificamente, as mais variadas formas de venerar, externamente, a Santíssima Virgem.

Hinos Akathistos (estar em pé), são cantos marianos que contam a história da salvação desde a Encarnação até a Segunda vinda de Cristo. Foi composto após o Concílio de Calcedónia (ano 451) e é praticamente um resumo de toda doutrina acerca da Virgem Maria. Pode ser cantado em grandes solenidades marianas.

-O Ofício da Imaculada foi escrito por um monge franciscano do século XVII e aprovado pelo Papa Inocêncio XI. É antiga tradição de louvores a Nossa Senhora baseado nas Sagradas Escrituras, tomando de analogias para elogiar Maria; Arca da Aliança, Velo de Gedeão, Estrela de Davi.

Dizem respeito a episódios de manifestações divinas, querendo confirmar que Deus não havia abandonado o seu povo.

-O Santo Rosário. A pratica do rosário era comum nas ordens mendicantes, pois aos religiosos, era obrigatória a oração do saltério (150 salmos), porém, as ordens mendicantes, eram formada na sua maioria por analfabetos o levou-os a desenvolver o costume de rezar 150 Ave-Marias, oração que todo pobre poderia fazer e que representava os salmos.

Os franciscanos adaptaram e criaram a coroa Seráfica e que meditava as sete alegrias de Maria. Com o tempo, mais e mais adaptações foram feitas até chegar ao que temos hoje.

É sem dúvida a devoção mais significativa, pois Maria em Aparições reconhecidas pela Igreja, insiste para que se reze o Santo Rosário para a salvação do mundo e dos pecadores.

Tornar-se escravo da Virgem Maria. Este é sem dúvida a devoção mais polêmica, todavia usa um termo demasiado violento para designar este tipo de devoção. Foi desenvolvido por São Luiz Maria Grignion de Monfort no século XVIII, mas o livro só foi descoberto 100 anos depois.

Ele usa o raciocínio de que, por nós mesmos não conseguiremos aproveitar da melhor forma possível os tesouros que a Graça Divina nos concede.

Para isso devemos nos colocar nas mãos de Maria para melhor amar e servir a Deus. Vários santos praticaram esta devoção: São João Maria Vianney, São João Bosco, São Domingos Sávio, Santa Terezinha, Santa Gema Galgani, São Pio X, São Pio de Pietrelcina, são João Paulo II, colocou até nas suas insígnias papais “Totus Tuus”, todo teu Maria.

Os missionários da Aliança de misericórdia renovam anualmente seu compromisso com Maria, por meio deste método que consiste em semanas preparatórias.

Os cinco primeiros sábados. Foi pedida por Nossa Senhora aos três pastorzinhos em reparação das ofensas cometidas ao Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria. Neste dia deve-se comungar (comunhão reparadora), com esta intensão.

No ano de 1925, Lúcia, uma das videntes de Fátima, viu Maria no pé de uma nuvem, com o seu Imaculado Coração na palma da mão e cercado de espinhos. Disse Maria à Lúcia:

Tu, ao menos, vê de Me consolar e diz que todos aqueles que durante 5 meses ao 1º sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um Terço e Me fizerem 15 minutos de companhia, meditando nos 15 mistérios do Rosário, com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistir-lhes, na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas.

O Angelus e o Regina Coelis. São orações tradicionais da Igreja. A primeira foi composta pelo beato papa Urbano II (pontificado de 1088 a 1099) e tem como objetivo de contemplar o mistério da Encarnação.

O rei Luiz XI da França, foi quem criou o hábito de rezá-la três vezes ao dia. Já a antífona Regina Coeli, foi instituída pelo Papa Bento XIV  e tem o intuito de meditar o mistério Pascal, logo, ela substitui o Angelus por este tempo. Para quem consegue, recomenda-se rezar três vezes ao dia: às 6h, às 12h e às 18h.

Conclusões

Estas são as principais devoções marianas e você pode escolher, para fazer parte do seu dia, aquela que mais te aproxima de Deus e de Maria.

Lembramos que, toda e prática devocional tem por objetivo, aumentar o nosso amor por Deus e pelo próximo e deve tornar-nos pessoas melhores.

Se percebemos que tal ação aumenta a nossa vaidade e saímos por aí dizendo que rezamos “20” rosários por dia, colocando-nos acima dos outros, há um problema: a prática está camuflando algum pecado.

Por isso, qualquer ação, para dar frutos de santidade, deve brotar da nossa liberdade, fruto do amor puro a Deus.

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