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Perder a cabeça ou agradar a todos?

O último dos profetas, o maior homem nascido de mulher, a voz que clama no deserto. Quantos adjetivos, não é? São João Batista, precursor do Messias ficou conhecido por suas poucas, mas grandiosas aparições nos Evangelhos.

Verdade, liberdade e conversão

João pregava um batismo de conversão, o que fazia com que muitas vezes a verdade fosse escancarada. Até porque não existe conversão na mentira, não é mesmo?

A verdade liberta e abre caminho para uma sincera conversão, uma verdadeira metanóia que transforma o pensamento e as atitudes.

Sendo assim, João caía matando para que a verdade prevalecesse sempre, pois, o “faça o que eu digo e não faça o que eu faço” já era “pregado” pelos fariseus daquele tempo que tinham uma vida religiosa linda, mas uma vida pessoal deplorável.

Profetismo

Ser profeta não é ficar descobrindo o que vai acontecer no futuro, mas antes, ANUNCIAR a verdade (que é Jesus) e DENUNCIAR toda e qualquer mentira ou atitude contrária ao Reino de Deus. Assim o fez João.

Sem medo do politicamente correto ou da consequência de sua atitude, o profeta denunciou Herodes: Não te é lícito ter a mulher de teu irmão!” (cf. Mc 6, 18). Todos sabiam desse casamento ERRADO, mas mesmo assim, apoiavam Herodes apenas porque ele era Rei e tinha um poder temporal.

Por conta disso, João recebeu como pena, a pedido da “esposa” de Herodes, Herodíades, a decapitação. João perdeu a cabeça, mas não se arrependeu da denúncia, pois, a verdade que ele proclamava podia salvar a vida do Rei, de Herodíades e de tantos outros.

Conveniência

“Vê, pois, quanto faz a fúria da concupiscência: pois Herodes, mesmo tendo tão grande reverência e temor por João, delas se esqueceu para se entregar à fornicação” (Teofilacto de Ócrida, Catena Aurea – p. 118).

João não se deixava levar pela inclinação ao pecado, pelo contrário. Combatia à concupiscência com a verdade pregada e vivida. A entrega à inclinação ao mal fazia com que Herodes, mesmo admirando João e escutando suas pregações, escolhesse o errado, o pecado, a conveniência, o prazer pelo prazer.

Quem fala a verdade perde amizades“, dizia São Tomás de Aquino. São João Batista, mártir do novo testamento, experimentou dessa realidade.

Mais do que perder amizades, perdeu a própria vida, mas testemunhou a graça de pertencer a um Reino que não é deste mundo, o qual demanda dele, não amor próprio e respeito humano mas, configuração ao Coração e à Vontade de Deus, aquele que tem o poder de erguer os caídos e exaltar os humilhados.

O que vale mais: ter o reconhecimento e a amizade dos homens poderosos deste mundo ou receber de Deus, o selo dos santos e o prêmio dos bem-aventurados?

Essa terra e seus prazeres são passageiros. A mentira também acaba sendo desmascarada hora ou outra.

É preferível viver aqui e agora um prelúdio do que será o Céu, o Eterno. A verdade nos aproxima de Deus e nos assemelha a Ele.

Que São João Batista nos ajude a perseverarmos na verdade, na justiça e no amor a Deus e às coisas de Seu Reino.

São João Batista, fiel precursor do Senhor, rogai por nós!

Robson Landim, jornalista e colaborador da Aliança

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