Mulheres Santas – Santa Filomena, Santa Edith Stein e Santa Clara

Santas Mulheres? Quem nunca ouviu falar que “a Igreja Católica é machista”? Fato é que, quem profere esse tipo de acusação contra a Igreja, não conhece nem um pouco sua doutrina e tradição.

Não sabe da imensidão de santas veneradas pela Igreja, sendo algumas delas com o título de Doutoras da Igreja, pois deixaram uma contribuição fundamental para a compreensão de algum ponto da doutrina e sua vivência.

A Igreja sempre defendeu a dignidade das mulheres, reconhecendo sua igualdade ao homem em dignidade perante Deus, ao mesmo tempo que defende a complementariedade dos sexos em suas diferenças físicas e psicológicas.

De forma alguma a mulher é rebaixada na Igreja. Afinal, foi por uma mulher que a Salvação entrou no Mundo. Foi uma mulher (Maria Madalena) que encontrou o túmulo vazio e foi a primeira a ver o Senhor ressuscitado.

Em agosto, celebramos três grandes santas católicas, três mulheres que contribuíram para a Igreja e para a civilização de formas muito distintas e, por isso, merecem nossa veneração. São elas:

Santa Filomena, Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) e Santa Clara de Assis. Três santas, três mulheres em realidades completamente diferentes, em tempos históricos distintos e que em comum possuíram o manto da santidade. Conheça um pouco mais sobre cada uma dessas Santas mulheres:

Santa Filomena

Santa Filomena era filha de um Rei da Grécia.

Seus pais oravam aos deuses pagãos por um filho ou filha, porém sem sucesso. Certo dia, conversando com um novo médico, que era cristão, falaram de sua angústia. O médico disse-lhes para se converterem ao cristianismo, mudando de vida, pois seriam presenteados com um milagre de Deus.

No ano seguinte eles tiveram uma filha, deram-lhe o nome de Filomena, filha da luz divina. Ela trouxe luz para a fé dos dois.

Aos 5 anos, santa Filomena comungava pela primeira vez. Desde esse dia, aumentava mais e mais a sua fé em Jesus Cristo, tanto que, aos 11 anos, fez votos de total entrega a Deus.

A Grécia foi ameaçada pelo Imperador romano Diocleciano. Então, o Rei, pai de santa Filomena, foi à Roma negociar. Ao ser recebido pelo Imperador, estava com sua mulher e sua filha Filomena.

O Imperador se encantou com a beleza da menina e propôs a paz entre os dois países e ofereceu vantagens políticas se o rei da Grécia lhe concedesse a mão de sua filha em casamento.

O pai aceitou, porém santa Filomena permaneceu fiel ao seu voto. O Imperador revoltado com a recusa da moça mandou que a prendessem e torturassem.

Após mais de um mês de torturas e sofrimentos no cárcere, enfraquecida, santa Filomena teve a visão de Nossa Senhora com o Menino Jesus em seu colo, que lhe consolou.

Depois de torturas e açoites, o Imperador tentou matá-la em diversas ocasiões, como mandar jogá-la do rio Tigre. Porém, a tradição nos conta que os anjos a salvaram antes de tocar na água.

Ordenou que ela fosse arrastada por toda a cidade e a matassem com uma flecha. Porém, novamente, nada lhe aconteceu. Mandou fazer uma grande fogueira, mas o fogo não lhe fez mal algum. Mandou então os soldados lançarem flechas sem parar até que ela morresse, e as flechas se voltaram contra os soldados, matando todos eles.

Após todas as tentativas contra a vida da santa, Jesus então permitiu que sua vida fosse tirada, para que ela entrasse definitivamente no Reino do Céu. Mas, antes disso, milhares de romanos abandonaram seus deuses e se converteram ao cristianismo. O Imperador mandou que ela fosse decapitada. E ela, no dia 10 de agosto, em oração, foi para o céu.

 

Santa Teresa Benedita da Cruz

Santa Edith Stein é de família judia. Seu pai, um comerciante de madeiras, morreu quando Edith ainda não tinha completado os 2 anos. A mãe, mulher muito religiosa, solícita e voluntariosa, teve que assumir todo o cuidado da família, mas não conseguiu manter nos filhos uma fé viva.

Stein perdeu a fé, com plena consciência e por livre eleição, ela afirmou mais tarde. Edith dedica-se então a uma vida de estudos na universidade de Breslau, tendo como meta a Filosofia. Os anos de estudos passam até que, no ano de 1921, Edith visita um casal convertido ao Evangelho.

Na biblioteca deste casal, ela encontra a autobiografia de santa Teresa de Ávila. Edith lê o livro durante toda a noite. “Quando fechei o livro, disse para mim própria: é esta a verdade”, declarou ela. Em janeiro de 1922, Stein é batizada e, no dia 2 de fevereiro desse mesmo ano, é crismada pelo Bispo de Espira.

Em 1932, foi atribuída a ela uma cátedra numa instituição católica, onde desenvolve a sua própria antropologia, encontrando a maneira de unir ciência e fé. Trabalho de grande importância para a Igreja até os dias de hoje.

No dia 14 de outubro de 1933, entra para o Mosteiro das Carmelitas de Colônia, passando a chamar-se Teresa Benedita da Cruz.

Após cinco anos, faz a sua profissão perpétua. Da Alemanha, Edith é transferida para a Holanda, juntamente com sua irmã Rosa, que também é batizada na Igreja Católica e prestava serviço no convento.

Neste período do regime nazista, os bispos católicos dos Países Baixos fazem um comunicado contra as deportações dos judeus. Em represália a este comunicado, a Gestapo invade o convento na Holanda e prendem Edith e sua irmã. Ambas são levadas para o campo de concentração de Westerbork.

No dia 7 de agosto, ela parte para Auschwitz, ao lado de sua irmã e um grupo de 985 judeus. Por fim, no dia 9 de agosto, a Irmã Teresa Benedita da Cruz, juntamente com a sua irmã Rosa, morre nas câmaras de gás e depois teve seu corpo queimado.

Santa Teresa Benedita da Cruz foi canonizada em 11 de outubro de 1998, pelo Papa João Paulo II, sendo mártir da Igreja e uma das seis santas co-Padroeiras da Europa.

 

Santa Clara

Santa Clara de Assis nasceu no ano de 1194, em Assis, Itália. De família rica, seu pai, Favarone Scifi, era conde. Sua mãe se chamava Hortolana Fiuni. Clara era neta e filha de fidalgos (pessoas da classe nobre). Sua família vivia em um palácio na cidade, tinha muitas propriedades e até um castelo.

Santa Clara, desde cedo, já tinha a fama de beata. Aos 18 anos ela fugiu com uma amiga, Felipa de Guelfuccio, para encontrar São Francisco de Assis, na Porciúncula, onde fez seus os primeiros votos e entrou no convento dos franciscanos.

A família de Clara tentou buscá-la, mas ela se recusou a voltar, mostrando para o seu tio Monaldo os cabelos cortados. Ele, então, desistiu de levá-la.

Conhecida pelo grande amor à Eucaristia e aos pobres, Clara, assim como Francisco, foi de extrema importância para a reforma religiosa ocorrida na Igreja através das ordens mendicantes.

Veja também: O milagre de Santa Clara

 

Uma missão em comum ás mulheres: a santidade!

Três mulheres, três santas. Uma, no início do cristianismo, milagre da família e mártir da castidade, que escolheu a morte a negar a fé.

Outra na Idade Média, aristocrata, rica e que deixou tudo por amor a Jesus e aos pobres e, junto com São Francisco, fundou uma das ordens mais importantes da cristandade.

E a terceira, já no século XX, em meio ao nazismo, foi de ateia a religiosa. Doutora que dedicou a vida a unir a fé e a ciência e morreu como mártir num campo de concentração.

Essas três mulheres, tão diferentes, possuem em comum o vínculo da fé e são um grande exemplo para todas as mulheres no mundo inteiro. Exemplos de fé, perseverança e caridade, exemplo de verdadeiras cristãs, exemplo daquilo que a mulher é chamada a ser, SANTA.

Santa Filomena, Santa Clara e Santa Teresa Benedita da Cruz, rogai por nós!

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