Doação de órgãos: ato de solidariedade e fraternidade
Doação pessoal é entrega, é despojar-se dos seus desejos e bens para entregar ao outro. É dar o melhor de si para os necessitados.
Quando se trata de doação de órgãos estou ofertando algo que me pertence intimamente, que faz parte da integridade. A Igreja sempre acompanhou e apoiou diretamente a doação como um ato de solidariedade e gesto de amor.
Mesmo com todo o avanço da medicina, especialmente nessa área, ainda é grande o número de pessoas na fila de transplantes, que muitas vezes morrem pela ausência da doação, diante da demanda e dificuldade de encontrar órgãos compatíveis.
É um ato de solidariedade que pode oferecer ao próximo esperança de melhorar a qualidade de vida. Uma única pessoa pode salvar até 10 vidas, sendo possível doar rins, coração, pulmões, fígado, pâncreas, tecidos, pele, córnea e valvas cardíacas.
E o que a Igreja relata sobre esse acontecimento?
O catecismo da igreja católica declara no número 2296: “O transplante de órgãos é conforme a lei moral se os riscos e os danos físicos e psíquicos a que se expõe do doador são proporcionais ao bem que se busca para o destinatário”.
Trata-se de um ato nobre que segundo o catecismo é imoral tirar a vida do outro para usufruir dos seus órgãos, mas precisa ser consentido pelo doador ou representantes legais. Por ser doação, o comercio de órgãos é imoral e inaceitável.
O Papa Francisco em audiência no vaticano relatou:
“o significado da doação para o doador, para o receptor e para a sociedade, não termina em sua utilidade, pois se trata de experiências profundamente humanas e cheias de amor e altruísmo. A doação significa olhar e ir além de si mesmo, além das necessidades individuais e abrir-se com generosidade a um bem mais amplo. Nesta perspectiva, a doação de órgãos não é apenas um ato de responsabilidade social, mas uma expressão de fraternidade universal que une todos os homens e mulheres”.
Ato genuíno
O ato genuíno e não remunerado, é necessário manter a perspectiva ética e religiosa da doação. O Papa ainda recordou que “o gesto para com os irmãos necessitados pede para ser realizado com base em um ideal de solidariedade humana desinteressada”.
É importante que conversemos com nossos familiares sobre esse desejo. Recentemente, o apresentador Gugu Liberato faleceu e sua família doou os seus órgãos. Um ato de amor que renovou a esperança de muitas pessoas.
Devemos promover a cultura da doação, afinal é através da informação e conscientização onde muitas vidas podem ser salvas diante do gesto nobre.
Fonte: padrepauloricardo.org/episodios/o-que-a-igreja-ensina-sobre-doacao-de-orgaos
www.vaticannews.va/pt/papa/news/2019-04/papa-francisco-aido-doacao-orgaos-vida-fraternidade.html
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