“Admirável sinal” é a nova Carta Apostólica do papa sobre o presépio

O papa Francisco neste domingo (01) em carta, apoia a tradição das famílias que preparam o presépio antes do Natal, almejando e incentivando que a prática não desapareça. Dirigira ao povo de Deus, sobretudo ao núcleo familiar, como transmissão de fé entre avós, pais e filhos.

“Com esta Carta, quero apoiar a tradição bonita das nossas famílias de prepararem o presépio, nos dias que antecedem o Natal, e o costume de o armarem nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos estabelecimentos prisionais, nas praças…”, escreveu o Pontífice.

Dividido em 10 pontos, o texto recorda a origem do presépio com São Francisco de Assis, a sua obra de evangelização e as figuras e o simbolismo que o compõem.

Tradição e transmissão de fé

A palavra presépio vem do latim “praesepium”, que significa “manjedoura”. As Fontes Franciscanas narram de forma detalhada o que aconteceu na cidade de Greccio, que fica no Vale de Rieti, a menos de 100 km de Roma.

Quinze dias antes do Natal, São Francisco chamou João, um homem daquela terra, para lhe pedir que o ajudasse a concretizar um desejo: “Quero representar o Menino nascido em Belém, para de algum modo ver com os olhos do corpo os incómodos que Ele padeceu”. E assim foi: no dia 25 de dezembro de 1223, chegaram a Greccio muitos frades, e homens e mulheres das casas da região, trazendo flores e tochas para iluminar aquela noite santa num lugar designado. Francisco, ao chegar, encontrou a manjedoura com palha, o boi e o burro.

“Assim nasce a nossa tradição: todos à volta da gruta e repletos de alegria, sem qualquer distância entre o acontecimento que se realiza e as pessoas que participam no mistério”. São Francisco realizou uma grande obra de evangelização”.

Segundo o Pontífice, armar o presépio ajuda a reviver a história que aconteceu em Belém. Imaginando as cenas, estimulam-se os afetos e os sentimos envolvidos na história da salvação.

“O presépio é um convite a ‘sentir’, a ‘tocar’ a pobreza que escolheu, para Si mesmo, o Filho de Deus na sua encarnação, tornando-se assim, implicitamente, um apelo para O seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento”

Revolução do amor e da ternura

A mensagem que surge do presépio é clara: “não podemos deixar-nos iludir pela riqueza e por tantas propostas efêmeras de felicidade”. “Jesus nasceu pobre, levou uma vida simples, para nos ensinar a identificar e a viver do essencial”, afirmou o Santo Padre.

Nascendo no presépio, escreveu o Pontífice, Deus dá início à única verdadeira revolução: a revolução do amor e da ternura, através da “força meiga” de um menino. Jesus proclama um mundo mais humano e fraterno, onde as pessoas não sejam excluídas e marginalizado.

Deste modo, o presépio se torna para os fiéis um convite a se tornar discípulos de Cristo, a refletir sobre a responsabilidade de evangelizar e ser portador da Boa Nova com ações concretas de misericórdia, incentivou Francisco.

Leia na integra: vaticannews.va/pt/papa/news/2019-12/papa-francisco-admiravel-sinal-carta-apostolica-presepio.html

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