Conheça os futuros padres da Aliança
“O sacerdote na Aliança de Misericórdia é um padre que deixa Cristo misericordioso viver no seu coração e leva essa misericórdia para o mundo. Visitando, entrando e deixando entrar em si a miséria de tantos filhos e filhas que não conhecem ainda esse amor”.
Uma breve biografia
No próximo dia 05/09, no Rio de Janeiro, neste ano em que nossa família celebra 20 anos de fundação, receberemos um presente ímpar: a ordenação de três novos sacerdotes, à serviço da Igreja no carisma da Misericórdia.
Conheça um pouco mais sobre cada um deles:
Danilo Rasera
“Dizer Sim à Vontade de Deus é o maior bem de nossas vidas”.
Pra você que participa ou acompanha as atividades de Aliança, certamente já se confundiu em algum momento com essas duas pessoas aí da foto. É que o futuro padre, Danilo Rasera (à direita), é irmão gêmeo do Pe. Leandro Rasera (à esquerda), também sacerdote no Movimento.
E essa confusão não é só para quem acompanha de longe não, Danilo conta que, uma vez, ao visitar seu irmão ainda na época de formação, trocaram as camisas e a cruz que usavam, para enganar os demais missionários. Todos caíram na brincadeira, apenas Maria Paola, conhecendo bem “suas ovelhas”, foi quem percebeu o “trote”.
Chamado missionário
Natural de Piracicaba/SP, Danilo começou participar da Aliança em 2003, ainda na sua cidade. Engenheiro por formação, seu processo vocacional foi posterior ao do seu irmão, e seu ingresso na Comunidade de Vida se deu em 2010.
Suas atividades missionárias aconteceram em São Paulo, Piracicaba e na missão de Portugal, onde ficou por 6 anos e realizou a sua formação filosófica e teológica, estudando na Universidade Católica Portuguesa.
Cumprimento da Promessa
Em 2019, retornou ao Brasil como formador na Casa de Formação da Aliança e foi ordenado Diácono no dia 10 de novembro, na igreja da Candelária (RJ), pelas mãos de Dom Orani Tempesta.
Tendo como “Palavra de Vida”, ou seja, a Palavra bíblica que sintetiza sua identidade diante de Deus: “E enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar. E disse-lhes: ‘não leveis para a viagem nem bastão, nem alforje, nem pão, nem dinheiro, tampouco tenhais duas túnicas‘.
(Lc 9,2-3), dentro da dinâmica de evangelização da Aliança, o Diácono Danilo sente-se impelido à essa ação através do anúncio (cor azul) e do pastoreio (cor verde), como uma missão particular.
Dizendo sim ao chamado de Deus, o missionário traz consigo um desejo ministerial, sintetizado em Atos dos Apóstolos:
“E passou fazendo o bem e curando a todos” (At 10,38). Certo dessa realização, Danilo diz que o “nossa vocação, o chamado de Deus, é sempre um projeto que nos ultrapassa, que está além da lógica humana, é um mistério que vai sendo revelado à medida que vamos correspondendo com fé, muitas vezes tendo uma única segurança: a confiança no amor e na bondade infinita de Deus.
Sim, Ele nos conhece muito melhor que nós, conhece cada desejo do nosso coração. Seu projeto de amor é certamente a melhor resposta para sermos felizes e realizados. Por isso, dizer Sim à Vontade de Deus é o maior bem de nossas vidas”.
Lincon da Silva
“Viver o chamado de Deus é responder com amor o amor recebido”.
Nascido em Maringá/PR, Lincon é um missionário que tem por marca, sua paixão e intrepidez no anúncio da Palavra. Ele ingressou na Comunidade de Vida em 2008, mas já em 2006, em Maringá, participava do grupo da Aliança, convicto da força do evangelho e “cheio do Espírito Santo”.
Após seu período formativo, foi enviado para Senador Camará/RJ, numa missão desafiadora, pela realidade do local. Em 2011, foi enviado para a missão em Belo Horizonte. Na capital mineira, deu início a sua formação religiosa, estudando na Faculdade Jesuíta até o ano de 2013.
De volta à São Paulo
Em 2015 foi enviado à São Paulo, compondo a equipe de formação dos jovens do 2º ano. Neste mesmo ano, deu seguimento a sua formação, estudando na PUC-SP.
Em 2019, foi ordenado diácono, também no dia de 10 de novembro, juntamente com o seu irmão de comunidade, Danilo Rasera. A celebração aconteceu no Rio de Janeiro, presidida pelo Cardeal Orani João Tempesta. Na data, estavam presentes amigos e familiares, que contemplaram esse passo bonito diante da promessa de Deus.
Norteado pela Palavra “Trazem, porém, esse tesouro em vaso de argila” (2Cor 4,7), o Diácono Lincon considera sua vocação como esse tesouro escondido na fragilidade humana, mas desejoso de ser derramado pela e na humanidade.
“É Deus quem derrama em nós esse amor e, pelo ministério sacerdotal, derramamos esse amor no coração dos homens para sarar as feridas. Viver o chamado de Deus é responder com amor, o amor Dele recebido. Essa é a síntese daquilo que posso dizer sobre minha vida consagrada.
Apesar de mim, Ele me amou primeiro: “O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5, 5).
Gilson Garcia
“Chegar a mais esta etapa da minha vida, me faz recordar o momento em que disse o meu sim há 11 anos”.
Outro piracicabano que no dia 5/09 receberá a ordenação sacerdotal é o Diácono Gilson Garcia. Dentre as semelhanças com os demais irmãos que receberão o Sacramento da ordem, está o ardor no anúncio da Palavra.
Ele ingressou na Comunidade de Vida no ano de 2010, em São Paulo, sendo enviado posteriormente às missões presentes no Rio de Janeiro e Portugal.
Sua formação também foi realizada em Lisboa (Universidade Católica Portuguesa), durante os anos de missão no país. No final de 2019, foi ordenado Diácono na diocese de Setubal (Pt), pelas mãos de Dom José Ornelas.
Já no início de 2020, retornou ao Brasil e atualmente faz parte da equipe de formadores do 2º ano, em Ibiúna/SP.
Crescimento pela Palavra de Deus
Nesses anos de vida consagrada, além das casas de missão que esteve presente, como um semeador do Evangelho, o diácono passou por muitas terras pregando a Boa-Nova, conheceu muitas pessoas, viu a ação e Deus em muitas vidas… e considera que essas experiências o fez uma pessoa muito melhor: “as missões realizadas em diversas partes do mundo me fizeram crescer humanamente e espiritualmente”.
A Palavra Bíblica que norteia sua missão está presente em Hebreus 5, 1-2: “Porque todo o sumo sacerdote, tomado dentre os homens, é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para que ofereça dons e sacrifícios pelos pecados.
E possa compadecer-se ternamente dos ignorantes e errados, pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza”. Consciência presente em sua vida, sendo ele por primeiro a experimentar essa misericórdia ardente, que o transformou por inteiro, sendo então um propagador desse amor e uma expressão viva para a humanidade.
“Acredito que a vocação ao Sacerdócio se constrói ao longo do caminho com Jesus. Chegar a mais esta etapa da minha vida, me faz recordar o momento em que disse o meu sim há 11 anos, sabendo que tudo estava sendo deixado por Jesus. Agora mais uma vez desejo me entregar inteiramente e deixar tudo por Jesus”, encerrou o Diácono, falando sobre o sentimento presente diante desse tempo.
Colaboradores da alegria do mundo
Mensagem do Pe. João Henrique aos três novos sacerdotes.
“O sacerdote na Aliança de Misericórdia é um padre que deixa Cristo misericordioso viver no seu coração e leva essa misericórdia para o mundo. Visitando, entrando e deixando entrar em si a miséria de tantos filhos e filhas que não conhecem ainda esse amor. Somos enviados para evangelizar os pobres e anunciar um tempo da misericórdia do Senhor.
São Cura d’Ars dizia que o sacerdote é o amor do coração de Cristo. E se ele percebesse a graça que é para o mundo, ele mesmo morreria de alegria. Um dom incomparável, um dom precioso que o Senhor coloca num vaso de barro, de criaturas humanas, escolhidas no meio do povo, para servir o Senhor, nas coisas que se referem a Deus.
É maravilhoso pensar o padre como uma ‘esponja’ embebida de Cristo, que transborda Sua presença por onde passa. São Paulo dizia: “temos que ser o bom perfume de cristo” (2Cor 2,15). Vejo o padre como aquele homem que ressuscita no coração dos homens a dignidade dos filhos de Deus. Aquele homem que, passando e exalando o “bom perfume de Cristo”, move no mundo uma saudade do Paraíso, da Eternidade.
“Não somos donos da sua fé, mas colaboradores da sua alegria” (Cf. 2Cor 1,24). Nesse sentido, eu creio que o padre, é primeiramente um servo, que procura tornar-se um servo inútil, que por amor consome a própria vida para os irmãos, com o desejo de despertar em cada filho a consciência da graça recebida. Esse dom incomparável: ‘Ah! se conhecesses o dom’, diz Jesus à samaritana (cf. Jo 4, 10).
Eu peço a Deus essa graça: que nossos padres, acima de tudo, sejam colaboradores da alegria do mundo. Um mundo que precisa descobrir um Deus que não se esqueceu dos filhos. Um Deus que caminha nas estradas do mundo, que se faz carne no meio deles e que se faz eucaristia, não apenas no sacramento do altar, mas na vida dos sacerdotes, como esses nossos filhos, que querem consumir a vida por amor dos filhos, dando a si mesmo como alimento.
Agradecemos a Deus por esse dom e desejamos para esses filhos toda a graça e toda bênção, para que sejam realmente colaboradores da alegria do mundo e perfume de Cristo nas estradas desse mundo”.
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