A Igreja nos incentiva a voltar o olhar para a Mãe de Jesus no mês de maio, confiando a ela nossa vida cristã. Mas, você sabe por que este mês é dedicado a ela?

Desde a antiguidade

Conforme informações do site ACI Digital, desde a Grécia antiga as pessoas celebravam a entrada da primavera no hemisfério norte fazendo ofertas à deusa Artemisa, da fertilidade. A tradição continuou no Império Romano com o culto da deusa Flora.

Mesmo com a cristianização do Império as celebrações e costumes pagãos continuavam muito comuns no meio do povo.

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Na idade Média existia uma prática chamada “Trinta dias à Maria”, que consistia em dedicar 30 exercícios espirituais à Mãe de Jesus, vivenciados do dia 15 de agosto (Imaculada Conceição) até o 14 de setembro (Exaltação da Santa Cruz), tornou-se muito popular.

Porém, foi somente no período barroco que a devoção dos 30 dias e o mês das flores combinaram, provavelmente sob influência da Igreja e seus pastores e sua intenção de santificar todas as coisas.

Com relação a espiritualidade

Para nós do hemisfério Sul, o mês de maio é o começo do inverno. Dias mais frios, porém, não sentimos o impacto, pois, a paisagem não muda bruscamente em todo o país.

Todavia, no hemisfério norte, com o seu clima temperado, a chegada da primavera muda completamente a terra. Os dias ficam longos; onde o cinza predominava começa então a brotar (da noite para o dia) a relva e flores de todas as cores.

O sol vai aos poucos derretendo o gelo e a vida mostra toda a sua força.

O cardeal São Henry Newman, meditou certa vez:

Neste mês (maio) “os dias se tornam longos, o sol nasce cedo e se põe tarde” … “semelhante alegria e júbilo externo da natureza são os melhores acompanhantes da nossa devoção Àquela que é a Rosa Mística e a Cidade de Deus”.

Isso nos faz lembrar a passagem bíblica de Cântico dos cânticos:

“Eis que o inverno passou: cessaram e desapareceram as chuvas. Apareceram as flores na nossa terra, voltou o tempo das canções. Em nossas terras já se ouve a voz da rola.

A figueira já começa a dar os seus figos, e a vinha em flor exala o seu perfume; levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem.

Minha pomba, oculta nas fendas do rochedo, e nos abrigos das rochas escarpadas, mostra-me o teu rosto, faze-me ouvir a tua voz. Tua voz é tão doce, e delicado teu rosto!”. (Ct 2, 11-14)

Portanto, no mês de maio, junto com a devoção Mariana, devemos cultivar a esperança. Esta que renasce depois de cada Cruz. A quem recorremos quando as tempestades começam a nos assustar?

Nossa intercessora está perto de nós e nos mostra o Sol que aquece nossa alma e renova nossas forças.

Escolha uma devoção para viver cada dia. Seja o terço ou Ofício, fique com Maria e peça a ajuda dela para que possamos passar pelas tribulações deste tempo.

Maria, Mãe da Misericórdia, rogai por nós!