• Ser mãe é um dom inato ou adquirido? Maternidade e maternagem em foco

    Ser mãe é um dom inato ou adquirido? Maternidade e maternagem em foco

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    Ser mãe é um dom inato ou adquirido? Maternidade e maternagem em foco

Ser mãe é um dom inato ou adquirido? Maternidade e maternagem em foco

Essa é uma das teorias que mais gosto sobre a maternidade.

Para Donald Winnicott, pediatra e psicanalista inglês, a mãe exerce papel fundamental na construção do espaço mental da criança e a relação mãe-bebê atua como base no desenvolvimento emocional de qualquer pessoa.

Sabemos que o ambiente onde a criança vai nascer, crescer e se desenvolver é um fator importante na formação da personalidade.

Porém, dois aspectos devem ser destacados: de um lado o crescimento emocional do bebê e, de outro, o cuidado materno.

Mudanças externas da maternidade

Algumas semanas antes e nos primeiros momentos após o parto, a mulher entra num estado de sensibilidade que vai prepará-la psiquicamente para identificar-se com seu bebê.

Este é um estado natural da mãe e se faz necessário para que ela tenha condições emocionais pra receber a criança, totalmente dependente de seus cuidados.

No início, como essa dependência é absoluta, o bebê necessita de uma mãe que esteja plenamente identificada com ele, sendo capaz de atender prontamente suas necessidades.

O que inclui a amamentação, o banho, as trocas, a forma de segurar no colo, o olhar, fazendo-o experimentar sentimentos de amor e proteção.

Esses cuidados são fundamentais para que o bebê desenvolva um senso de si mesmo e uma personalidade saudável.

Mãe e filho em nova fase

Por volta do sexto mês de vida, o bebê passa a ter maior consciência desses cuidados maternos e precisa desenvolver uma capacidade que vai aos poucos se aperfeiçoando: o saber esperar.

É a fase da dependência relativa. Ele aprende que a satisfação das suas necessidades, que antes era imediata, agora pode esperar um pouco.

E aí cabe à mãe, em alguns momentos, deixar que o filho manifeste um sinal, antes de atendê-lo prontamente.

Gradualmente a criança vai evoluindo rumo à independência, isso ocorre porque ao longo de seus poucos meses de vida, foi internalizando a maternagem*, os cuidados da mãe e o ambiente acolhedor em que vive.

É importante ressaltar que não só a criança, mas também a mãe deve passar de uma fase para outra, ou seja, ir gradativamente “falhando” com o bebê, assim ele vivenciará frustrações que o ajudarão a enxergar sua realidade externa e a enfrentar a vida futura.

Lugar do pai neste processo

Você deve estar se perguntando se todas as mães desenvolvem o senso de maternagem. A resposta é sim, desde que haja um ambiente facilitador, o apoio da família e do pai da criança.

A família como suporte e amparo nos momentos de cansaço, dúvidas, dores e incertezas. E o pai exercendo seu papel na função de sustentação.

Sua presença permite que a mãe cumpra a própria função, não tendo que se ocupar das características paternas. E assim, a criança terá a possibilidade de vivenciar diferentes sentimentos e experiências em relação a cada um de seus pais e ao vínculo entre eles.

Ser mãe é, acima de tudo, saber identificar cada choro, cada olhar, cada sorriso do seu filho, é antes de saber todas as técnicas, colocar como prática sua intuição de mãe, seja de primeira, segunda ou qualquer que seja a viagem.

Saber que errar faz parte e que tudo fará pensando no melhor, desde trocar a marca da fralda ou até deixar o trabalho para se dedicar exclusivamente ao filho.

Transborde amor, cultive carinho, seja MÃE!

Patrícia Mello, Psicóloga Clínica

 *Maternagem é o acolhimento dado ao bebê e os cuidados a ele dispensados.

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