Round 6 – Você sabe que tipo de conteúdo seu filho tem acesso?

“’Round 6’ tem levantado uma discussão muito importante sobre o que deixamos nossos filhos assistirem e o tipo de conteúdo que eles têm acesso através dos streamings e das redes sociais”

 

“Round 6” é uma série sul coreana que está fazendo muito sucesso no mundo todo, e recentemente bateu o record de série mais assistida na Netflix. Mas, você sabe do que se trata essa série?

A história de “Round 6” se passa na Coréia do Sul, onde cerca de 460 pessoas completamente endividadas são colocadas em um jogo de 6 dias. Lá, deverão participar de jogos e brincadeiras infantis e quem vencer todos os jogos ganha muito dinheiro.

O problema é que quem perde o jogo é assassinado. Ou seja, só o vencedor final irá sobreviver. Dentre os participantes estão bandidos, assassinos, fraudadores, viciados em apostas, refugiados, casais, entre outros.

Dilemas Morais de “Round 6”

A busca do dinheiro fácil é o que levou o personagem principal ao jogo. Um homem adulto que não consegue ser um bom pai para sua filha, depende financeiramente da mãe idosa e a rouba para sustentar o vício em apostas. Então, decidi ir para o jogo para “conseguir um dinheiro fácil”.

Ao final do primeiro jogo, quando os participantes percebem o que está acontecendo, eles decidem sair. Por uma regra, se a maioria desejar, o jogo acaba. Porém, todos eles resolvem voltar para o jogo, mesmo sabendo do que se trata e as consequências, e é aí que a série fica indefensável.

Ao longo da temporada, o seriado vai tentando te fazer gostar de alguns personagens e detestar outros, vai transformando alguns em heróis e outros em vilões sem escrúpulos.

Mas, o grande problema é que não existe nenhum herói nesse ambiente, estamos falando de livremente escolher participar de um jogo que matará todas as outras pessoas que estão com você.

E, tudo isso num ambiente de jogos infantis, de brincadeira inocentes de crianças. É um seriado que inverte totalmente o imaginário e a moralidade, onde ser pobre é pior do que morrer, brincadeiras inocentes são usadas para o assassinato em massa e onde a vida humana não vale nada.

Valores morais e religiosos são completamente desconfigurados e vemos o pior no ser humano (em certo momento um cristão reza agradecendo a Deus por ter conseguido assassinar alguém, em outro, um marido mata sua esposa no jogo e logo em seguida comente suicídio).

Conteúdo Adulto?

Está claro que a série não é infantil. E ela não se propõe a ser um conteúdo infantil, pois sua recomendação é para maiores de 16 anos. Mesmo assim, milhares de crianças e adolescentes estão tendo acesso ao conteúdo da série, seja pelo streaming, ou mesmo pelas cenas colocadas nas redes sociais.

Exemplo de conteúdos infantis relacionados a “Round 6”:

https://www.youtube.com/watch?v=a0U9GZoc-Bc

O que nossas crianças têm assistido?

“Round 6” tem levantado uma discussão muito importante sobre o que deixamos nossos filhos assistirem e o tipo de conteúdo que eles têm acesso através dos streamings e das redes sociais.

Hwang Dong-hyuk, criador de “Round 6”, se pronunciou sobre a polêmica e disse:

“Não estou em nenhuma rede social, então nem pensei na possibilidade de crianças estarem assistindo por essas mídias. Essa obra não é para elas. Estou perplexo que crianças estejam vendo. Espero que os pais e professores ao redor do mundo sejam prudentes para que elas não sejam expostas a esse tipo de conteúdo. Mas, se já viram, espero que os adultos as ajudem a entender o significado do que está por trás da tela. Torço para que haja boas conversas”.

Veja aqui: Educar para amar

Um alerta aos Pais

Veja, a questão maior que devemos nos atentar não é a série em si, mas o cuidado que temos que ter com os nossos filhos diante das telas. Quem não se lembra sobre a grande polêmica de “13 Reasons Why”?

Quem não lembra dos vídeos no Youtube com conteúdo suicida, onde se ensina em desenhos como fazer uma corda para o suicídio?

Quantas vezes já ouvimos falar de desenhos animados com conteúdos impróprios? E em Youtubers infantis pregando a ideologia de gênero? De pedófilos adicionando crianças nas redes sociais?

Mais do que nos revoltar com a série, devemos tomar muito cuidado com o que expomos nossos filhos. As telas são uma grande oportunidade de conhecer coisas novas, mas são um grande perigo. É necessário que cada pai e responsável tenha o zelo e o cuidado de verificar que tipo de conteúdo seu filho está assistindo, que tipo de conversa ele está tendo nas redes sociais.

A educação das crianças passa pela formação do seu imaginário e deve ser dividia em 2 partes:

1º – A defesa contra as más influências;

2º – Apresentação de bons exemplos.

Devemos, portanto, alimentar o imaginário das crianças com boas obras, com amor, com as brincadeiras infantis que ensinam as virtudes do companheirismo, da honra, da amizade, do respeito. Com os contos de fadas, as histórias sobre o belo reino, as fábulas, histórias que as ajudem a crescer de forma saudável.

Precisamos protegê-las das obras e influências que possam deturpar seu imaginário e corromper sua inocência.

Veja também: Nossos projetos sociais, um espaço de aprendizagem e de cuidado com as crianças

 

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