Pureza e Martírio – As duas coroas de São Maximiliano

“O ódio não é uma força criativa: é-o somente o amor” (São Maximiliano M. Kolbe)

“Duas coroas” é um filme para quem gosta de ver uma boa produção cinematográfica e quer se encantar com uma bela história de santidade!

O filme conta a história de São Maximiliano Maria Kolbe, mártir polonês que morreu no campo de concentração nazista de Auschwitz ao escolher morrer no lugar de um pai de família.

Logo no começo, já conhecemos o santo ainda criança que nos conta que recebeu uma visita de Nossa Senhora que lhe oferece duas coroas: uma branca e uma vermelha (para a Igreja, cores da pureza e do martírio) e lhe pediu para escolher, São Maximiliano escolheu as duas.

O filme de forma brilhante narra a vida e a trajetória do santo, seus estudos e entusiasmo com a ciência, sua intimidade com Deus e seu desejo de vencer o mal com o bem.

Quem foi São Maximiliano?

São Maximiliano Kolbe mostra desde pequeno uma grande inteligência e um desejo de dar a vida por Deus, de consumir sua vida por uma causa maior.

Se torna frei franciscano e professor, até que se depara com um forte movimento maçônico na Itália que tentava destruir a Igreja. São Maximiliano imediatamente decide ser um “cavaleiro do bem”.

São Maximiliano funda a Milícia da Imaculada, um movimento Mariano internacional de oração pelos pecadores.

Ao longo do tempo, vendo o crescimento do cinema e da imprensa, o santo sente o chamado de converter os meios de comunicação e decide criar uma revista chamada “O Cavaleiro da Imaculada”, com o intuito de evangelizar e também formar intelectualmente as pessoas.

Sem verba ou condições, São Maximiliano confia inteiramente na providência divina que não lhe falta e em 1919, é publicado o primeiro exemplar de “O Cavaleiro da Imaculada”.

Porém, os sonhos do santo vão além, ele funda um mosteiro dedicado à produção da revista.

Centenas de jovens passam a dedicar a sua vida à causa da Imaculada, vivendo em pobreza, castidade, obediência e fraternidade.

Mais tarde, entende ainda que Deus lhe chama a levar o “Cavaleiro da Imaculada” para o Japão. Inicia, então, uma viagem até a cidade de Nagasaki, onde funda um mosteiro e passa a publicar o editorial em Japonês.

Após a bomba que destruiu Nagasaki, o mosteiro fundado por São Maximiliano foi um dos únicos edifícios que permaneceram de pé, e a publicação da revista é feita até hoje.

De volta à Polônia, São Maximiliano se depara com a Segunda Guerra Mundial. A Polônia foi tomada por nazistas e, com isto, ele acabou sendo preso duas vezes, sendo que a prisão definitiva ocorreu em 1941.

Em 1941, foi levado para o campo de concentração em Auschwitz, onde mesmo dentro da realidade do campo de concentração não deixou de exercer o sacerdócio, atendendo confissões sempre que possível e ajudando os mais necessitados.

São Maximiliano Maria Kolbe foi martirizado em 14 de agosto de 1941 após oferecer-se para morrer no lugar de um pai de família, e foi canonizado pelo Papa São João Paulo II em 10 de Outubro de 1982.

Veja também: A história de Maximiliano e Rudolf. Como o homem escolhe entre o bem e o mal?

 

O filme e sua Repercussão:

O filme “Duas coroas” foi lançado em 2019 e teve uma boa repercussão no meio católico, sendo muito bem aceito pelo público, que passou a conhecer mais a história do santo polonês, um dos santos mais atuais da história da Igreja.

A produção chamou também a atenção dos meios seculares. A “Folha de São Paulo” em sua crítica ao filme, afirmou:

“Em poucas palavras, “Duas Coroas” interessa seja pelo personagem, que, ao dar sua vida em troca da de outro detento em Auschwitz aceitou o martírio, como pelas repercussões que tem em sua fé” (Crítica Folha de São Paulo).

“Deus, que nos deu uma vontade livre, quer que O sirvamos livremente como instrumentos, ajustando a nossa vontade à sua, do mesmo modo que sua Santíssima Mãe, quando diz: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a sua palavra” (São Maximiliano Kolbe).

São Maximiliano, rogai por nós!

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