Papa Francisco em Moçambique
Entre os dias 04 e 06 de setembro, Moçambique recebeu a visita do Santo Padre, o Papa Francisco. E nesse momento tão importante para o país, os missionários da Aliança, em missão na região, estiveram presentes.
Durante os dias, ele realizou diversas atividades e, com carinho, discursou para inúmeras pessoas.
Jovens, o presente de Moçambique
No encontro com os jovens o papa falou da importância deles para Moçambique. “O que há de mais importante para um pastor do que encontrar-se com os seus jovens? Vocês são importantes! Precisam saber disso, precisam acreditar nisso: vocês são importantes! Mas com humildade, porque não são apenas o futuro de Moçambique ou da Igreja e da humanidade; vocês são o presente de Moçambique! Com tudo o que são e fazem, já estão contribuindo para ele com o melhor que hoje podem dar”.
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Doação: identidade do consagrado
No encontro com os consagrados, Francisco falou da importância de encontrar na doação a identidade de um consagrado.
“Não podemos correr atrás daquilo que redunda em benefícios pessoais; os nossos cansaços devem estar mais relacionados com a nossa capacidade de compaixão: são compromissos nos quais o nosso coração estremece e se comove”.
“Para nós, sacerdotes – acrescentou o Santo Padre– as histórias do nosso povo não são um noticiário: conhecemos a nossa gente, podemos adivinhar o que se passa no seu coração”.
“E, assim, a nossa vida sacerdotal se vai doando no serviço, na proximidade ao povo fiel de Deus…, etc., o que sempre, sempre cansa”.
Amar e fazer o bem
Em terras ainda tão marcadas por guerras e miséria, Francisco disse que é “difícil falar de reconciliação, quando ainda estão vivas as feridas causadas durante tantos anos de discórdia. Ou ainda convidar a dar um passo de perdão que não signifique ignorar o sofrimento nem pedir que se cancele a memória ou os ideais (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 100).
Mesmo assim, Jesus convida a amar e a fazer o bem. E isto é muito mais do que ignorar a pessoa que nos prejudicou ou esforçar-se por que não se cruzem as nossas vidas: é um mandato que visa uma benevolência ativa, desinteressada e extraordinária para com aqueles que nos feriram.
Mas Jesus não fica por aí; pede-nos também que os abençoemos e rezemos por eles; isto é, que o nosso falar deles seja um bendizer, gerador de vida e não de morte. Que pronunciemos os seus nomes não para vingança, mas para inaugurar um novo vínculo que leve à paz. Alta é a medida que o Mestre nos propõe!”
Por isso, pela obra de fé e ação evangélica o papa deixou um convite ao povo, para que possam ter atos de perdão mesmo com tantas feridas: “Amai os vossos inimigos”.
Encerramento
No último dia da visita, Papa Francisco se despediu do povo moçambicano debaixo de muita chuva. A Santa Missa aconteceu no estádio de Zimpeto.
O povo moçambicano mostrou a sua fé, o carinho e respeito que tem pelo nosso pastor, quando, mesmo debaixo de chuva, permaneceu firme e alegre. Fomos “banhados pela água benta”, afirmou o papa.
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