Padre Pio de Pietrelcina e sua profunda devoção a São Miguel

Padre Pio de Pietrelcina, um dos santos mais notáveis da história recente da Igreja, e um santo muito amado pelo Movimento Aliança de Misericórdia, tinha uma ligação íntima com o mundo espiritual angelical.

Sua vida inteira foi marcada pelo auxílio dos santos guardiões, que o ajudaram a cumprir sua missão como diretor espiritual.

São Miguel na infância de Padre Pio

Desde a infância, Padre Pio mantinha uma relação íntima com os anjos, o que não é surpreendente, dado seu comprometimento com a Ordem Franciscana. São Francisco de Assis, o fundador da Ordem, instituiu a prática da Quaresma em honra ao Glorioso Arcanjo que estamos rezando neste tempo.

Foi durante um desses períodos intensos de oração que São Francisco recebeu os estigmas, e Padre Pio também recebeu os estigmas de Nosso Senhor perto da Festa dos Arcanjos.

Em San Giovanni Rotondo, cidade onde Padre Pio residia, localizada na região de Foggia, está a Província Franciscana que tem São Miguel como patrono. Além disso, fica a cerca de 25 quilômetros do Santuário onde o Arcanjo Miguel apareceu no Monte Gargano. Os habitantes dessa cidade têm uma forte devoção aos anjos, especialmente porque São Miguel os livrou da peste no século XVII.

Visitas ao Santuário do Monte Gargano

Oficialmente, Padre Pio visitou o Santuário do Monte Gargano apenas uma vez, em 2 de julho de 1917. Mas, há evidências de que ele tenha visitado o Santuário de São Miguel muitas vezes por meio de bilocação, de acordo com o testemunhos de pessoas próximas a ele. Ele costumava repetir aos devotos: “Eu vou sempre à gruta sagrada de Monte Sant’Angelo”.

A viagem no dia 2 de julho foi árdua, realizada em uma carroça, com outros 14 irmãos, durante uma noite extremamente fria.

Ao chegar à Gruta, Padre Pio dedicou quase uma hora à oração, celebrou a Santa Missa e permaneceu em silenciosa comunhão espiritual. Ele passou cerca de três horas imerso em oração, na presença do Arcanjo. Essa longa permanência em um local úmido e frio, após uma noite difícil de viagem, deixou o frade resfriado, pálido e tremendo de frio.

Historiadores afirmam que nessa ocasião Padre Pio teve uma profunda revelação sobre sua missão religiosa e pressentiu o que o Senhor tinha reservado para ele. O ano seguinte foi repleto de eventos extraordinários, sempre precedidos por uma misteriosa presença.

A devoção à São Miguel

Em 1918, Padre Pio vivenciou fenômenos místicos como a transverberação e a estigmatização, que reproduziu em seu corpo com os sinais da Paixão de Cristo. Os estigmas aconteceram em 20 de setembro, durante a Quarentena de São Miguel e na preparação para a novena dedicada ao Arcanjo.

Padre Pio frequentemente dizia aos seus seguidores: “Ele está sempre aqui!” referindo-se a São Miguel. No confessionário, ele impunha penitências que incluíam a honra ao Arcanjo, e incentivava as pessoas a peregrinarem ao Santuário do Monte Gargano para saudar São Miguel.

Em um santinho que enviou a uma de suas filhas espirituais, Padre Pio escreveu: “São Miguel te protege e te defende do inimigo infernal.” Quando pessoas endemoniadas buscavam sua ajuda, ele frequentemente as direcionava ao Santuário na cidade vizinha para orações, e muitas vezes a libertação ocorria durante a peregrinação.

Um frei capuchinho que convivia com Padre Pio afirmou que ele recitava diariamente a oração composta pelo Papa Leão XIII em honra ao Glorioso Arcanjo e afirmava: “Hoje, mais do que nunca, nesta era apocalíptica, é necessário lutar sob a bandeira de São Miguel.”

 

Veja também:O que São Padre Pio tem a ver com os fundadores da Aliança?

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