Os seus exércitos, servidores dos seus desejos
Os anjos descem para aqueles que vão ser salvos. “Os anjos subiam e desciam por cima do Filho do homem” (Jo 1,51) e “aproximaram-se dele e O serviam” (Mt 4,11).
Ora, os anjos descem porque Cristo desceu primeiro; receavam descer antes que o Senhor dos exércitos celestes e de todas as coisas (Col 1,16) lho tivesse ordenado. Mas, quando viram o Príncipe do exército celeste habitar na Terra, então, por esse caminho que tinha sido aberto, saíram atrás do seu Senhor, obedecendo à vontade daquele que os estabeleceu como guardiães dos que acreditam no seu nome.
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Ontem, estavas sob a dependência do demônio; hoje, estás sob a dependência de um anjo. “Não desprezeis um só destes pequeninos”, diz o Senhor, pois “Eu vos digo que os seus Anjos veem constantemente o rosto de meu Pai que está nos Céus”.
Os anjos dedicam-se à tua salvação, declararam-se ao serviço do Filho de Deus e dizem entre si: “Se Ele desceu num corpo, se Se revestiu de carne mortal, se suportou a cruz, se morreu por todos os homens, como havemos nós de repousar, como havemos de nos poupar?
Vamos, desçamos também do Céu!” Foi por isso que, quando Cristo nasceu, havia «uma multidão do exército celeste louvando e glorificando a Deus” (Lc 2,13).
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Homilias sobre Ezequiel I, 7
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