O pobre em nossa casa

A missionária Patrícia Elias da Missão de Fortaleza/CE, partilhou no seu perfil no Facebook, uma experiência feita com um “irmão de rua”. Vale a pena ler e refletir refletir.

Tínhamos acabado de pintar a nossa casa, era muita coisa para limpar e a hora avançava noite adentro. Quando bateu o cansaço e já me sentia exausta, ouvi alguém bater palmas no portão. Pensei não vou atender, pois estou cansada, mas a pessoa insistiu.

Quando cheguei ao portão vi que era um irmão de rua, perguntei como poderia ajudar e ele me pediu comida. Entrei e fiz um prato de comida e um copo de suco e levei para ele, mas, ainda pensava na faxina, afinal já era quase meia noite.

Entreguei o alimento e fiquei em pé ao seu lado, que logo sentou na minha calçada. Então, o Espírito Santo me impulsionou a sentar-me também e assim o fiz.

Começamos a conversar, ele me contou a sua história, descobri que era homossexual e que morava na rua. Conversamos muito! Ele me dizia, “nem sei como cheguei aqui, foi Deus que me trouxe aqui”, “olhe para o céu, veja aquela estrela Deus está lá e vai realizar todos os seus sonhos”.

Nisso nossas filhas já tinham ido cumprimentá-lo, porque desde pequenas as ensinamos a amar os mais pobres material e espiritualmente.

Quando terminou de jantar se levantou, agradeceu e foi embora. Entrei para casa descansada, era meia noite, mas tinha tanta alegria em meu coração que até lavei a garagem! Estava descansada e feliz porque naquele pobre encontrei descanso.

Logo lembrei-me da oração da minha patrona Santa Teresa de Calcutá:

“Senhor, quando eu tiver fome,
dai-me alguém que necessite de comida.
Quando tiver sede,
dai-me alguém que precise de água.
Quando sentir frio,
dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento,
dai-me alguém que necessite de consolo.
Quando minha cruz parecer pesada,
deixe-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre,
ponde a meu lado alguém necessitado.
Quanto não tiver tempo,
dai-me alguém que precise
de alguns dos meus minutos.
Quando sofrer humilhação,
dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada,
dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir a necessidade
da compreensão dos outros,
dai-me alguém que necessite da minha.
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim,
dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma,
voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor,
de servir nossos irmãos
que vivem e morrem pobres e com fome,
no mundo de hoje.
Dai-lhes, através das nossas mãos,
o pão de cada dia e dai-lhes,
graças ao nosso amor compassivo,
a paz e a alegria”.

Esperamos que esta experiência seja luz no seu dia a dia e norteie nossas ações de caridade para com o próximo.

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