Nossa Rainha: a realeza de Maria

“Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E, para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como ‘Rainha do Universo’” (CIC P. 273, #966).

Nas antigas monarquias da antiguidade e também medievais, a presença da Rainha Mãe era muito comum e muito importante. A rainha mãe nada mais era do que a mãe do Rei, que permanecia com o título de dignidade de rainha por ser a mãe do monarca em exercício.

A principal função da rainha mãe era aconselhar seu filho, ajuda-lo com sábios conselhos a governar, ela também tinha mais contato com o povo e ouvia o clamor da população, e conforme tomava conhecimento, intercedia em favor do povo perante o rei.

A dignidade da rainha mãe está em seu filho, pois é graças ao seu reinado que ela é rainha, e a alegria da rainha mãe é ver seu filho sendo amado. O filho, por sua vez, se alegra ao ver o amor que o povo tem por sua mãe.

Esse pequeno paralelo nos ajuda a entender um pouco da dignidade de Maria como Nossa Rainha nos céus, e porque a realeza de Maria é uma devoção tão cara para nós católicos.

Veja também: Rainha dos homens e dos Anjos – por santo Amadeu

Maria, Nossa Rainha:

Em 1950, o Papa Pio XII, por meio da constituição apostólica Munificentissimus Deus, definiu “ser dogma divinamente revelado que a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.

Na assunção de Nossa Senhora, seu corpo foi levado aos céus para se juntar ao seu Filho. Ela não subiu por conta própria como Jesus, porque ela não é Deus, mas por ser a mãe de Deus, a mãe do Rei, ela foi elevada em dignidade pela bondade de Deus.

Elevada aos céus sem pecado e digna de sentar-se ao lado de Jesus, Maria é nossa rainha Mãe e também nossa mãe.

Jesus nos deixou Maria como mãe quando disse a João: “Filho eis aí a tua mãe”. E, por isso, temos a graça de termos uma poderosa intercessão no céu, que olha para nós como mãe, mas que com a autoridade de uma rainha intercede por nós junto de Deus.

A passagem do Apocalipse nos mostra o tamanho de sua realeza: “uma Mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas”.

De fato, Maria é a Rainha da humanidade, rainha mãe, assunta ao céu por bondade e amor de seu filho Deus.

Maria é a virgem pobre que por sua humildade se tornou a Mãe de Deus e de toda a humanidade, rainha dos céus e da Terra.

Ela merece todo o nosso amor e nossa devoção, ela que nunca deixa seus filhos desamparados. Sobre isso, o Papa Bento XVI, enquanto ainda era cardeal, afirma:

“Maria não habita apenas no passado ou em altas esferas do céu sob a imediata ação divina; ela permanece presente neste momento histórico real; ela é uma pessoa agindo aqui e agora. Sua vida não é apenas uma realidade que está atrás de nós, ou acima de nós; mas ela vai à nossa frente”.

A oração da “Salve Rainha” é uma oração muito bonita que nos ensina um pouco sobre a realeza de Maria.

Rezemos, pedindo a intercessão de Nossa Senhora e a graça de contemplarmos o Reinado de Cristo:

 

Salve Rainha:

Salve Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa, salve!

A vós bradamos os degredados filhos de Eva.

A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.

Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro nos mostrai Jesus, bendito fruto do vosso ventre.

Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria.

Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

 

 

Maria, nossa Mãe e Rainha, rogai por nós junto ao teu Filho Jesus.

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