Jesus se revela na comunhão dos irmãos

Duas jovens se abraçam.

“Páscoa, como estamos meditando à luz desta Palavra, não é apenas “um dia” na história da humanidade, mas o começo de “um dia”, do “novo tempo…”

O Novo Tempo

“Eis que dois deles viajavam nesse mesmo dia…” (Lc 24,13) Essa Palavra tem o poder de transformar a nossa vida numa contínua Páscoa. De fato, este “mesmo dia” de que Lucas nos fala no trecho dos discípulos de Emaús é a própria Páscoa.

Páscoa, como estamos meditando à luz desta Palavra, não é apenas “um dia” na história da humanidade, mas o começo de “um dia”, do “novo tempo” que se encerrará nos fins do mundo: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação de todos os séculos!” (Mt 28,20).

Jesus Ressuscitado caminha conosco: Ele é a nossa Páscoa! (cf. 1Cor 5,7). Uma jovem de Belo Horizonte começou a fazer a experiência do perdão na sua família e do amor recíproco com os seus pais e irmãos.

A convivência familiar, que antes era um “inferno”, transformou-se num “paraíso” e a presença de Jesus uniu os corações de tal forma que ela nos procurou entusiasmada e nos disse: “Padre, agora entendi a Páscoa!

Eu não quero viver a Páscoa apenas… eu quero viver sempre ‘em estado’ de Páscoa! É maravilhoso! Decidi amar sempre, todos!

Quero servir, dar atenção a cada um… e o Amor suscita Amor! Hoje, sentimos quase que fisicamente Jesus Ressuscitado no meio de nós, em família, e cada um faz o possível para permanecer no amor recíproco que revela a Sua presença!”.

Sinal da Páscoa: a comunhão

Como permanecer então em “estado de Páscoa”? “Ei que dois deles viajavam nesse mesmo dia…” (Lc 24,13).

Jesus se revela na comunhão! Toda a Palavra nos revela que a comunhão é a natureza mais profunda do homem, criado à imagem e semelhança de Deus Trindade, comunhão de Amor (cf. Gn 1,26-27). Por isso, “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2,18).

No livro do Eclesiastes lemos: “Mais vale dois do que um só… porque se caem, um levanta o outro; quem está sozinho, se cai, não há ninguém para levantá-lo. Alguém sozinho é derrotado, dois conseguem resistir, e a corda tripla não se rompe facilmente” (Ecl 4,9-12) e ainda, os Provérbios afirmam: “o irmão ajudado pelo irmão é como fortaleza” (Pr 18,19).

Eis porque Jesus enviava os discípulos “dois a dois”, à sua frente, “a toda cidade e lugar onde ele próprio devia ir” (Lc 10,1b), porque aí Ele se faz presente: “…onde dois ou três estiverem reunidos no meu nome, ali estarei eu no meio deles” (Mt 18,20). “Dois ou três”: que preciosidade este segredo!

Um incêndio de amor

“Quando quisermos conquistar uma cidade” – dizia Chiara Lubich – “procure dois ou três irmãos para ‘acordarem-se’, porque ‘se dois estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que queiram pedir, isto lhes será concedido por meu Pai’ (Mt 18,19) e Jesus, presente na unidade dos irmãos, levará ‘fogo’ sobre a cidade e se alastrará aí um incêndio de amor!” (cf. Lc 12,49).

Este é o pacto que deve nos sustentar a fim de não pouparmos esforços para mantermos a “concórdia que atrai e contém o Filho de Deus” (Orígenes) e jamais darmos um passo sem estarmos unidos em nome de Jesus.

*Texto extraído do livro “Emaús O Caminho da Unidade”, DDM Editora 

Pe.  João Henrique
Fundador da Aliança

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