Dia da Mentira: O pecado que se tornou aceito na modernidade

O catecismo da Igreja Católica define a mentira como: “falar ou agir contrariamente à verdade, para induzir em erro”. (CIC 2483) O catecismo também define que a mentira é sempre má: “A mentira é, por sua natureza, condenável” (CIC  2485). Isso porque ela atenta contra a consciência humana, consciência essa que é a centelha divina em nossas almas.

A mentira é um pecado venial, mas que pode se tornar mortal. Vejamos o que o catecismo nos ensina sobre isso: “embora a mentira, em si, não constitua mais que um pecado venial, torna-se mortal quando lesa gravemente as virtudes da justiça e da caridade” (CIC 2484).

Veja também: A gravidade do pecado: pecado Mortal e Venial

Quando mentimos, sabemos que faltamos com a verdade. Sabemos que aquilo não é real. Infelizmente, diversas mentiras se tornaram aceitas em nossa sociedade; é aquela famosa história “se não faz mal a ninguém, não tem problema”.

Porém, a mentira sempre faz mal a alguém, sempre induz ao erro, se não fere fisicamente ou a boa imagem de uma pessoa, fere o próprio mentiroso, pois, quando mais mentiras contamos, mais mentiras somos capazes de contar.

Você já conheceu uma pessoa que acreditava em sua própria mentira? Pois é, isso é possível e muito comum. O fenômeno se chama dissonância cognitiva e funciona mais ou menos assim:

Contamos uma mentira, sabemos que aquilo não é verdade, e bem no fundo sabemos que não é certo, porém o nosso cérebro não pode ficar nos acusando o tempo todo, caso contrário ficaríamos loucos.

Sendo assim, quando repetimos a mesma mentira muitas vezes, cada vez que contamos acrescentamos um detalhe para torná-la mais palpável, e de forma inconsciente vamos modificando a nossa crença da verdade com o que de fato aconteceu e podemos chegar ao ponto de acreditar na história contada.

Esse é um fenômeno muito triste, porém muito presente na sociedade, o que nos mostra que a mentira é um pecado que deve ser combatido, mas, mais que isso, ela pode levar ao vício e a uma doença psíquica.

Como católicos devemos lutar para vencer nossos vícios e pecados, sejam eles quais forem. Mesmo uma mentira pequena pode causar um grande estrago na alma, portanto, devemos continuamente lutar para viver a verdade, seguindo o exemplo do próprio Cristo que é a Verdade.

Para vencermos um vício devemos exercitar a virtude contrária a ele, então, se desejamos vencer a mentira, devemos exercitar a virtude da veracidade, seguindo o exemplo dos santos e mártires. Quantos mártires morreram por não negar a Cristo e não mentiram sobre a sua fé?

Peçamos a graça e a intercessão dos santos mártires para permanecer sempre na Verdade!

 

 

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