Dia da Família

“Dentre essas numerosas estradas, a primeira e a mais importante é a família: uma via comum, mesmo se permanece particular, única e irrepetível… uma via da qual o ser humano não pode separar-se… Quando falta a família logo à chegada da pessoa ao mundo, acaba por criar-se uma inquietante e dolorosa carência que pesará depois sobre toda a vida.” (São João Paulo II)

 

No dia 8 de dezembro se celebra o Dia da Família. A família é a base da sociedade. Quantos problemas do mundo não deixariam de existir, com mais famílias unidas, amorosas e estruturadas que se baseassem nos valores da Sagrada Família?

O Papa Francisco em uma de suas homilias disse: “O matrimônio entre um homem e uma mulher é um dos caminhos, deixados pelo Criador, para se chegar à santidade. São uma só carne, e junto com os filhos são reflexo da Santíssima Trindade”.

A família não é somente a base da sociedade, mas também a base da Igreja. Deus quis se fazer homem através de uma família para nos ensinar o valor e a importância da família para a humanidade.

Não existe vocação ao sacerdócio ou à vida religiosa sem uma família. À exemplo da “Família de Nazaré”, neste dia 8 podemos refletir o que estamos fazendo para defender o valor da família hoje.

Num mundo que tenta relativizar a família e sua importância, nós como católicos devemos nos posicionar e defender ainda mais essa instituição tão importante, as famílias, as igrejas domésticas, as “fábricas de santos”.

Família – Fábrica de Santos

Enquanto algumas ideologias falam abertamente em destruir e acabar com a instituição familiar, santos se levantam e nos mostram o exemplo de uma família que frutifica na sua vocação, é o caso da família de Santa Teresinha do Menino Jesus.

São Martin e Santa Zélia são exemplos de casais que abraçaram a vocação familiar e entenderam que na família é onde Cristo nasce.

Apesar das doenças e dificuldades, com seu amor mútuo e grande amor por Deus, geraram cinco filhas carmelitas, duas santas e quatro filhos para o céu que Deus quis chamar ao Paraíso ainda na terna idade.

Esse é um exemplo de família fecunda, não pela quantidade de filhos que era comum naquela época, mas pelo exemplo. Uma família que não busque a Deus por princípio é incapaz de gerar cinco filhas carmelitas.

Mas, em uma família que vive sua vida com base nos valores evangélicos, no amor a Deus, na caridade ao próximo e na entrega da vida um ao outro, santos são gerados.

Veja também: Como viver o Advento em Família

A defesa da Família

São João Paulo II dedicou muito de seu Papado para defender a família. Certa vez, em uma homília, disse:

“A humanidade, para assemelhar-se a Deus, deve ser um casal de duas pessoas em movimento uma para a outra, duas pessoas que um amor perfeito reúne na unidade. Este movimento e este amor fazem-nas semelhantes a Deus, que é o próprio Amor, a Unidade absoluta das Três Pessoas. Jamais se cantou de maneira tão bela o esplendor do amor humano como nas primeiras páginas da Bíblia: ‘E Adão disse: Eis aqui agora o osso dos meus ossos e a carne da minha carne… Por isso deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois numa só carne’ (Gen 2; 23-24)”.

O Santo Padre não cansou de afirmar a importância da família para o mundo. Ele dizia que a humanidade depende da família que tanto é atacada nos dias de hoje, e que o nosso futuro depende da nossa disposição em lutar pela família e seus valores.

São João Paulo II, no início da exortação apostólica pós-sinodal Familiaris Consortio, escreveu:

“A família nos tempos de hoje, tanto e talvez mais que outras instituições, tem sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura.

Muitas famílias vivem esta situação na fidelidade aqueles valores que constituem o fundamento da instituição familiar. Outras, tornaram-se incertas e perdidas frente a seus deveres, ou, ainda mais, duvidosas e quase esquecidas do significado último e da verdade da vida conjugal e familiar.

Outras, por fim, estão impedidas por variadas situações de injustiça de realizarem os seus direitos fundamentais.

Consciente de que o matrimônio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade, a Igreja quer fazer chegar a sua voz e oferecer a sua ajuda a quem, conhecendo já o valor do matrimônio e da família, procura vivê-lo fielmente, a quem, incerto e ansioso, anda à procura da verdade e a quem está impedido de viver livremente o próprio projeto familiar.

Sustentando os primeiros, iluminando os segundos e ajudando os outros, a Igreja oferece o seu serviço a cada homem interessado nos caminhos do matrimônio e da família”.

A Vocação Familiar

Neste tempo onde a batalha é tão forte, devemos mais uma vez olhar para a “Família de Nazaré” e entender a vocação familiar de cada um de nós à exemplo dela. A Igreja celebra no último domingo do ano a Festa da Sagrada Família para nos lembrar que ela é o centro do mistério da Salvação.

Foi na Sagrada Família que o Verbo se encarnou, essa família que os Anjos visitaram, essa família que recebeu os reis magos, mas também a família que fugiu apressadamente para uma terra estrangeria e desconhecida, essa família que não encontrou lugar para se hospedar, essa família que viveu escondida do mundo em Nazaré enquanto era visitada por Deus.

Figuras familiar – nosso exemplo

Olhemos para José, que amou e cuidou do menino Deus, cumprindo seu papel de homem: aquele que protege, que dá a vida pela família, como Cristo deu pela Igreja. Aquele que está disposto a se sacrificar por amor aos seus. Olhemos para pai, que sai diariamente para colocar o pão na mesa e sofre as dificuldades do trabalho para edificar sua casa e prover para sua mulher e seus filhos.

Olhemos para Maria, que em tudo soube amar e servir, que com seu silêncio compreendia a vontade de Deus, que com seus gestou amou e cuidou do menino Deus. Maria, que com sua firme doçura soube ser o exemplo de mãe e mulher.

E por fim, olhemos para Cristo, que mesmo sendo Deus se submeteu e obedeceu a seus pais por 30 anos, cumprindo fielmente o mandamento de honrar Pai e Mãe.

Olhemos para a Sagrada Família e peçamos a Deus a graça de através dela aprendermos a ser família e a defendermos até o fim.

Oração pela família:

“Ó Deus, do qual provém toda a paternidade, nos Céus como na Terra,

Vós, Pai, que sois Amor e Vida,

Pelo Vosso Filho Jesus Cristo, ‘nascido de uma Mulher’,

E pelo Espírito Santo, fonte de caridade divina,

Fazei que, na terra inteira, cada família humana se torne

Um verdadeiro santuário da vida e do amor,

Para as gerações que incessantemente se renovam.

Fazei que a Vossa graça oriente sempre os pensamentos e as ações

Dos esposos para o maior bem das suas famílias,

De todas as famílias do mundo.

Fazei que as novas gerações encontrem na família um apoio sólido,

Que as torne sempre mais humanas

E as faça crescer na verdade e no amor.

Fazei que o amor, consolidado pela graça do sacramento do Matrimónio,

Seja sempre mais forte do que todas as fraquezas,

Mais forte do que todas as crises,

Que, por vezes, se verificam nas nossas famílias.

Fazei, enfim — nós vô-lo pedimos — por intercessão

Da Sagrada Família de Nazaré, que em todas as nações da terra

A Igreja possa realizar com fruto a sua missão,

Na família e pela família.

Vós, ó Pai, que sois a Vida, a Verdade e o Amor,

Na unidade do Filho e do Espírito Santo.

Amém.”

 

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