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  • Brasileiros e a garota russa – hipocrisia coletiva e indignação seletiva

    Brasileiros e a garota russa – hipocrisia coletiva e indignação seletiva

Brasileiros e a garota russa – hipocrisia coletiva e indignação seletiva

O vídeo de torcedores brasileiros na Rússia zombando de uma garota russa está causando calorosos debates. Vamos analisar alguns pontos e entender por que a reação midiática foi hipócrita e seletiva.

Foi assédio?

Um vídeo correu a internet mostrando um grupo de brasileiros na Rússia fazendo uma espécie de refrão com referências ao órgão genital de uma garota russa. Eles também faziam com que ela repetisse as palavras, que logicamente, eram de baixo calão.

Atitude imatura e grosseira sem dúvida.

As pessoas nas redes sociais e na mídia têm explorado de maneira massiva o caso, chamando-o de assédio por ela ser mulher, misoginia. Todavia, lancemos um olhar mais profundo para tal caso citando outro.

Tempos atrás, em 2016, um repórter da Sportv, foi cercado por um grupo de cinco mulheres enquanto fazia uma transmissão ao vivo; elas o beijaram, abraçaram e todos no estúdio davam risada.

Esse homem foi assediado, e por que ninguém se indignou?

Hoje fala-se muito do “empoderamento” feminino dos direitos iguais, então vamos igualar: o repórter merecia respeito. Ou a igualdade de direitos é só o nome bonito para vingança feminista?

Voltando à russa, se muitas pessoas do time da igualdade se indignaram, já admite que os direitos não são tão iguais assim e que a mulher é um ser especial. Outra coisa evidente foi a banalização do sexo; não se respeita a sexualidade humana faz tempo.

Hipocrisia e incoerência

O Brasil é conhecido como um país onde o sexo é muito fácil. Esta imagem é vendida por agências de viagem, novelas e artistas.

Prova disso são as músicas. Peguemos como exemplo a cantora Anitta; no ano de 2017 a música Vai Malandra alcançou o topo entre as mais ouvidas no Brasil e no mundo.

A letra? Fala de um homem seduzido por uma mulher que passa com roupas provocantes. Uma parte da música é cantada em inglês, e a tradução é tão baixa que não cabe transcrevê-la aqui.

Quantas vezes essa música foi executada em rádios, festas de aniversário, cantada e dançada por todos, até crianças? O clipe e a música vendem uma imagem; a mulher brasileira, da favela, veste tais roupas e tem tal comportamento, é malandra.

A banalização do sexo está presente em todos os setores, só que a indignação é seletiva; ninguém se indigna com os exemplos que demos acima? Por que não se indignaram com vídeos de crianças “sensualizando” a dançar funk?

A vulgarização da mulher e do sexo está escancarada em novelas, músicas, filmes, moda, e a pergunta é: quantas vezes você foi conivente, omisso ou permissivo? Aqueles rapazes são apenas a ponta do iceberg.

Sejamos coerentes. Sem isso, nossa indignação não surtirá efeito, não mudará nossa casa e quem dirá o nosso país.

“Mas de prostituição e qualquer espécie de impureza ou ganância nem sequer se fale entre vós, como é próprio dos santos; nem haja palavras obscenas, insensatas ou grosseiras; são coisas que não convém”. (Ef 5, 3-4)

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