Abortar não vai tirar a dor

Diante da postura de artistas, mídia e até alguns católicos, contra a PEC que proíbe o aborto em caso de estupro, só podemos ficar estarrecidos com tanta insensibilidade.

O site do Padre Paulo Ricardo nos apresenta um testemunho belíssimo de uma mãe que teve a coragem de trazer à vida sua criança concebida depois de uma violência. Que você católico autêntico possa ler e compartilhar com os seus amigos e familiares!

Testemunho

Lianna Rebolledo tinha apenas 12 anos de idade, quando foi subitamente sequestrada por dois homens e brutalmente estuprada, enquanto caminhava perto de sua casa, em Cidade do México.

Os agressores deixaram a jovem quase morta, com sua face e pescoço horrivelmente desfigurados. O que eles não sabiam era que tinham deixado Lianna com o despertar de uma nova vida dentro de si.

“Foi muito violento. Eu pensei, sinceramente, que eles iam me matar”, contou Lianna ao Life Site News, em uma entrevista gravada em Washington, D.C.

Um médico disse a Lianna que ela não tinha que viver com as consequências do estupro, que não precisava levar em frente algo que a lembraria constantemente daquela noite terrível, e assegurou-lhe que o aborto era o seu “direito”.

Mas Lianna perguntou ao médico se o aborto a ajudaria a esquecer o estupro e aliviar sua dor e sofrimento. Quando ele disse que não, ela percebeu que acabar com a vida do bebê, na verdade, não ia beneficiar ninguém.

Detalhe de uma criança chorando
Tirar a oportunidade da vida a qualquer feto é uma violência maior. Foto: Gustl Rosenkranz.

Sim à vida

“Se o aborto não ia curar nada, eu não entendia o porquê de fazê-lo”, ela disse. “Eu sabia que tinha alguém dentro do meu corpo. Eu nunca pensei sobre quem era o seu pai biológico.

Ela era minha criança. Ela estava dentro de mim. Sabendo apenas que ela precisava de mim, e eu dela… isso me fez querer trabalhar, arrumar um emprego [para sustentá-la]“.

O estupro tornou a vida de Lianna em um inferno. Não importava quantas vezes ela “se lavava”, não conseguia livrar-se do sentimento de sujeira.

A ideia de suicídio parecia oferecer à jovem uma libertação instantânea de tanta miséria, mas ela começou a perceber que tinha que pensar não apenas em si mesma, mas no futuro desta pequena vida que florescia em seu corpo.

Foto: alimentacaointeligente.com.br.
Aceitar que a vida é mais forte que a dor e a violência sofrida. Foto: Alimentação Inteligente.

Olhando para trás, Lianna, agora com 35 anos, percebe que sua filha salvou a sua vida e ajudou a dar-lhe a cura de que ela precisava tão desesperadamente.

“No meu caso, duas vidas foram salvas. Eu salvei a vida da minha filha, mas ela salvou a minha”, conta.

Um sentido para viver

Além de tudo isso, ela agora vê que sua vida depois do estupro ganhou propósito e sentido precisamente por causa de sua filha, que agora tem 23 anos e recentemente foi graduada na universidade.

Mãe ergue o bebê
O amor de um filho para com a mãe é puro e único. Foto: Mãe Pop.

“Foi realmente difícil, mas só de ver aquela pequenina me dizendo como era feliz por eu ter lhe dado a vida, quando ela disse isso – e ela tinha apenas quatro anos quando me disse: ‘Mamãe, obrigado por me dar a vida’ –, eu entendi que foi ela quem me deu a vida de volta.

 “Ela sempre esteve presente por mim. Ela é a única pessoa que me mostrou um amor verdadeiro. E eu sempre serei grata”, conta.

Lianna diz que não consegue imaginar a vida sem sua filha. Impressionantemente, ela diz que passaria de novo por toda humilhação, dor e sofrimento se isso significasse conhecer e amar sua filha.

“Embora [o estupro] tenha sido um momento muito difícil, se eu tivesse que passar por isso só para conhecer e amar minha filha, eu passaria de novo.”

Lianna agora vive em Los Angeles, Califórnia, onde ela cuida do Loving Life, uma organização sem fins lucrativos que ajuda mulheres violadas e grávidas.

Ela também é uma palestrante pró-vida internacional e leva a mensagem de que toda vida é amável, não importa como tenha começado.

Segundo fonte de padrepauloricardo.org

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