Desde que nasceu nosso terceiro filho, as frases mais frequentes que ouvimos são “vocês são muito corajosos!” ou “Como conseguem?”.
Bem, na realidade não é mesmo tão fácil educar três crianças pequenas (um menino de sete anos, uma princesinha de quatro anos e o pequenino de dois anos), mas com a graça de Deus que nos dá sabedoria e disposição, temos forças para seguir em frente nessa missão que Ele nos confiou.
Desafios de educar
Uma das maiores dificuldades na família atualmente é a ‘falta de tempo’, precisamos correr contra as horas para dar conta de todos os compromissos.
E para isso, é muito importante estabelecer uma rotina, a fim de garantir um tempo de qualidade e atenção ao bem mais precioso: nossos filhos.
Atualmente tem se falado muito na era digital, onde as novas tecnologias ganham cada vez mais espaço na vida das pessoas. E é muito comum ver um celular ou tablet na mão de uma criança para que os pais tenham uns minutinhos de descanso ou mesmo para preparar o jantar enquanto o pequeno se distrai.
É claro que não podemos negar que existem os benefícios da tecnologia e hoje a Internet está presente em nossa vida, quer para se comunicar com alguém, pagar uma conta ou até conferir a receita de um bolo.
Mas precisamos estar atentos sobre seus impactos no desenvolvimento cognitivo e social das crianças.
Aliados e inimigos
Um item muito comum em nossas casas é a televisão. Será que já paramos para verificar a classificação de um filme que nossos filhos estão assistindo? Muitas vezes analisamos, somente o colorido da capa e as imagens, mas será que paramos para analisar o conteúdo, a história, a mensagem que este filme está trazendo?
Existem inúmeras pesquisas que mostram o quanto a exposição excessiva à TV, tablet, celular está associada ao desenvolvimento de distúrbios do sono, ansiedade, obesidade, comportamento compulsivo, agressividade e hiperatividade.
Sem falar nos casos de depressão e suicídio infantil que tem se tornado muito comuns infelizmente.
As crianças não têm ainda o senso crítico que lhes permite abstrair o que lhes faz mal e aproveitar o que é bom. Elas simplesmente absorvem TUDO o que veem e ouvem. Por isso a importância de nós adultos selecionarmos não só o conteúdo, mas os horários e o tempo em que ficam expostos a estas influências.
Dicas valiosas
1 – Uma dica é estar junto, dar atenção, entrar no mundo deles para compreender o que querem e o que precisam. Com seu comportamento os filhos nos mostram o que estão sentindo e o que esperam de nós.
E não é difícil identificar o caminho que os traz de volta à harmonia quando estão birrentos ou até isolados. Brincar junto, fazer um passeio, criar momentos de intimidade, fazê-los participar da rotina da casa, tudo isso gera vínculo entre pais e filhos.
2 – Preencha os espaços vazios com amor e carinho e com certeza eles se sentirão importantes para vocês pais e para o mundo também.
Não existe uma fórmula mágica, nem tampouco pais perfeitos, aliás nossas imperfeições ensinarão nossos filhos a lidar com as frustrações e dificuldades que a vida lhes trará um dia.
Porém, dedicando seu tempo para criar uma rotina que valorize o estar junto, mesmo que para nós pais seja mais trabalhoso, estaremos evitando sérios problemas futuros causados pelo isolamento da exposição às telas, inclusive os vícios, distúrbios psiquiátricos e atrasos no desenvolvimento.
Faça o melhor que puder e você colherá bons frutos da sua dedicação e esforço empreendidos nessa grande missão que nos foi confiada, não por mérito, mas por graça de Deus, que nos quis fazer participar de sua criação.
Caso você tenha alguma dúvida ou queira se aprofundar neste assunto, estamos à disposição. Para entrar em contato é só enviar um email para: psimello@gmail.com
Eduardo e Patrícia
Psicóloga e com seu esposo são missionária na Aliança de Misericórdia
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