Voluntariado – benefícios e dicas para a prática
No Brasil, dia 28 de agosto é celebrado o Dia do Voluntariado.
De acordo com a Lei que dispõe sobre o serviço voluntário: “Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa”.
Mesmo não sendo uma prática amplamente promovida por políticas públicas, ainda assim o exercer o voluntariado é uma oportunidade que bate a nossa porta com muita frequência. Afinal, como sempre nos lembra Pe. João Henrique, nosso fundador, citando um autor: “ninguém é tão pobre que não tenha nada a oferecer e ninguém é tão rico que não tenha nada a receber”.
O trabalho voluntário, que pode acontecer no seu bairro, na sua cidade, em outro estado, ou até fora do país, em causas humanitárias, sociais… ou religiosas, contribui com o desenvolvimento de um interesse coletivo, exercendo cidadania e agregando à vida do voluntário benefícios humanos, culturais e também experiências profissionais.
Benefícios
Sendo assim, listamos alguns dos tantos benefícios que essa prática pode te proporcionar:
- Favorece a capacidade de diálogo com pessoas de diferentes realidades, opiniões e necessidades, e o desenvolvimento pessoal;
- Amplia o conhecimento cultural;
- Favorece o desenvolvimento do altruísmo e da empatia;
- Favorece a capacidade criativa e dinamismo, uma vez que o trabalho pode acontecer em instituições que não dispõem de muitos recursos;
- Favorece o desenvolvimento de novas habilidades técnicas e humanas, como inteligência emocional, disciplina, ou trabalhos manuais, por exemplo;
- Proporciona a cidadania ativa;
- Favorece a network com pessoas de interesses comum e com diferentes experiências;
- Pode ser também uma forma de ganhar experiência na sua carreira;
- Se torna agente ativo na transformação de algo ou na vida das pessoas;
- Proporciona satisfação em contribuir;
- Favorece a autoestima, se sentindo útil e capaz de contribuir.
Isso, sem contar no impacto que tende a gerar no campo profissional, transmitindo bons valores aos recrutadores. Conversamos com Selma Alves, gerente de Recursos Humanos na Associação Aliança de Misericórdia, e com ampla experiência em multinacionais, que relatou:
“Considero o engajamento de um candidato em algum trabalho voluntário como um ponto importante, porque trata-se de alguém que saiu de sua zona de conforto para se dedicar a uma causa e que, por consequência, terá aprimoramento na sensibilidade, empatia, mais desenvoltura para lidar com imprevistos e tudo mais que o contato com outras realidades e/ou culturas podem oferecer, além de possivelmente ter mais flexibilidade e abertura para novos projetos e para o trabalho em equipe.
São indivíduos com tendência a serem mais proativos e determinados e ter visão e atuação sistêmica. Penso que o candidato envolvido em trabalho voluntário, de alguma forma tem como “bônus” a possibilidade de melhorar o networking e ter uma evolução pessoal e profissional”.
Como ser um voluntário?
Como dissemos no início desse texto, todo mundo tem algo a oferecer e todo mundo tem algo a receber.
Talvez, aquilo que você mais goste de fazer seja o que você pode oferecer como contribuição a alguém que precisa de ajuda.
Algumas dicas para iniciar um serviço voluntário:
- Perceba qual a causa que você se interessa;
- Faça uma lista das suas habilidades e quais delas gostaria de colocar à disposição;
- Na sua rotina, reserve um tempo para a sua dedicação voluntária;
- Faça uma pesquisa de instituições que trabalham nessa causa que você se identifica e faça contatos;
- Procure conhecer o local e pessoas que ali se voluntariam;
- Seja comprometido com a sua responsabilidade voluntária.
Contudo, tenha em mente que, para ser voluntário não precisa, necessariamente, estar ligado a uma ONG, a um serviço religioso…, embora estes estejam sempre precisando de forças e pessoas dispostas a fazerem a diferença.
Tudo começa no desejo verdadeiro de ajudar. Isso pode despertar em você a conscientização para a resolução de problemas próximos. Assim, por exemplo, pode nascer uma nova ONG através de sua iniciativa, transformando a sua vida e a de muitos.
Voluntariado na Aliança de Misericórdia
Você sabia que pode ser um voluntário nos projetos e ações sociais da Aliança de Misericórdia?
Nossos projetos atendem pessoas em situação de vulnerabilidade e trabalha com crianças, adolescentes, jovens, famílias, adultos e idosos, empenhando-se em oferecer oportunidades e devolvê-los a dignidade.
Clique aqui e ajude a resgatar vidas! Participe do nosso voluntariado!
Nosso agradecimento
E a você que é nosso voluntário na Aliança de Misericórdia, que foi em algum momento, ou em uma ação específica, deixamos os nossos sinceros agradecimentos. São de corações generosos, mãos unidas, fé e disposição em fazer a diferença que cultivamos essa Obra.
Sem dúvidas, com a sua participação, vidas foram alcançadas e histórias transformadas!
Por que ser voluntário?
Não é uma obrigatoriedade e muito menos uma imposição, é movimento do coração.
“Às vezes a rotina, correria, excesso de informação que recebemos acabam minando o sentido da vida. Minha experiência no voluntariado, ainda que sendo uma das mais simples me mostrava que servir enriquece. Ver o outro feliz, acolhido, atendido e saber que eu fazia parte daquele momento recarregava minhas forças pra enfrentar a vida”.
Juliana Santos, São Paulo/SP
“Outro dia fui atualizar o meu currículo e percebi que tenho mais experiência voluntária do que remunerada rs. Me perguntei, isso seria bom, ruim ou indiferente, profissionalmente falando.
E, bom, sinceramente, não sei rs. Mas, pessoalmente, ajudar me faz bem. Tem a ver com se dispor a contribuir para que algo que eu acredito aconteça. Claro, ‘todo trabalhador é digno do seu salário’, mas acho muito nobre a doação de um saber, a doação de si, de uma expertise, de uma competência… para o desenvolvimento de uma causa, que sem isso não sairia do papel.
Exerço hoje serviços voluntários na escuta à enlutados e como tutora no EAD do Movimento Aliança de Misericórdia. Essas atividades, bem diferentes uma da outra, me possibilitam tocar em outras realidades que meu dia a dia não me proporciona. Desde ter acesso a dor do outro e sua forma de vivê-la, e ali oferecer um olhar, atenção, acolhida e ser, ainda que “só” dessa forma “passiva”, ponte de esperança.
Também, a aprender com a compreensão do outro sobre os assuntos que lhe são apresentados e perceber o quanto todo mundo sempre tem algo a acrescentar num caminho de aprendizado. Quem ensina, quem recebe e quem apoia o outro no processo.
Acredito que experiências como essa, ao logo da vida, me fizeram crescer e amadurecer. Logo, ajudei e fui muito ajudada. É não é permuta, é consequência”.
Juliana Costa, Itatiaia/RJ
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