A festa da Assunção de Maria nos revela o dogma mariano mais importante promulgado pela Igreja, pois nele contemplamos a plenitude. Aqui, em Maria, acontece a realização perfeita da Vontade de Deus para toda a humanidade.

Como nasceu o dogma

A Assunção de Maria é uma verdade maravilhosa que a Igreja nos ensina, verdade esta que dentro da Doutrina Católica chamamos de dogma, ou seja, ponto fundamental atestado pela Igreja de forma indissolúvel como fruto de sua fé madura e conduzida pelo Espírito Santo.

O dogma da Assunção de Maria foi definido pelo Papa Pio XII em novembro de 1950, através das seguintes palavras:

“Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à Virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja…, definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial” (Bula Munificentissimus Deus.44).

Assunção e Ascenção

Diferente de Jesus, que pelo Seu próprio poder sobe ao Céu em seu corpo glorioso depois de Sua paixão, morte e ressureição (Ascenção), diz o texto citado acima, que Maria foi assunta, ou seja, elevada pelo poder de seu Filho tão amado para, junto d’Ele mesmo e de forma antecipada à toda criatura, desfrutar em corpo, alma e espírito a glória do céu.

E por que somente a Maria foi dada essa tão grande graça?

Nosso corpo mortal passa pela corrupção através da morte física, privação essa em vista do pecado original, para assim recebermos, pelos méritos da morte de Cristo, um corpo glorioso.

Maria Santíssima sendo a Imaculada Conceição nunca provou em seu ser pecado algum e nem a privação que provém dele, por isso a Assunção é uma graça que convinha conceder à Imaculada.

Em Maria se cumpre a vontade de Deus

Ela é chamada por tantos Padres da Igreja de a “Arca da Aliança”, o “Tabernáculo do Altíssimo por excelência” e a inviolabilidade da arca é expressa na Palavra através de tantos textos, entre estes, o salmo 132, no versículo 8: “Levantai-vos, Senhor, para vir ao vosso repouso, vós e a arca de vossa majestade”.

Aquela que carregou em seu ventre Deus feito carne não parou por aí, mas O seguiu perfeitamente como discípula fiel em toda a Sua caminhada salvífica, permanecendo ao seu lado até a morte de cruz (Jo 19,25).

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Por isso, a promessa de maior plenitude destinada aos filhos de Deus se antecipa nela, pois “Eis uma verdade absolutamente certa: Se morrermos com Ele, com Ele viveremos. Se soubermos perseverar com Ele, com Ele reinaremos” (2Tim. 2,12).

Nosso Senhor, horando a fidelidade de Sua mãe e o lugar em que foi gerado, leva-a consigo ao céu, não permitindo a sua corruptibilidade biológica.

Ser todo de Deus

Por isso, a festa da Assunção de Maria nos revela o dogma mariano mais importante promulgado pela Igreja, pois nele contemplamos a plenitude. Aqui, em Maria, acontece a realização perfeita da Vontade de Deus para toda a humanidade. É um sinal cheio de esperança do que o Pai, em sua infinita Misericórdia, deseja realizar a todos nós, Seus filhos e filhas.

Mostra que devemos também nós, a exemplo de Nossa Mãe Santíssima, ter nossa vida, nosso coração e todo nosso ser em Deus, para que alcancemos o mesmo triunfo dela no céu junto a Jesus, Nosso Senhor.

Danúbia do Menino Jesus, celibatária e missionária da Comunidade de Vida.

[iBibliografia]

1. ESTEVÃO TAVARES BETTENCOURT O.B.S. Apostila de Curso de Maiologoia/ Escola “ Mater Ecclesie”. Mod.17 e 18

PAPA PIO XII. Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, 44. 

 DOM HENRIQUE SOARES . https://www.youtube.com/watch?v=aIX5qSjZQIY

PROF. FELIPE AQUINO. https://www.youtube.com/watch?v=j0gHG8TkW_M