Ser um padrinho para amar
Nesta semana a Vara da Infância e Juventude lançou um projeto chamado “Apadrinhamento afetivo”, que busca sensibilizar as pessoas e principalmente famílias a serem padrinhos nas Casas-Lares da região noroeste de São Paulo.
Mas o que é ser padrinho afetivo?
Não é simplesmente ajuda financeira, mas para dar amor. Sim. As Casas-Lares são instituições que acolhem crianças e adolescentes que foram, por algum motivo, afastadas de suas famílias por ordem do judicial e muitas esperam por adoção, mas enquanto esta não vem, precisam de apoio de afetivo, de alguém que os incentive, pessoas que sejam fonte de carinho familiar, tão necessário nesta fase da vida.
É diferente de adoção! O padrinho desta criança se propõe a visitá-la, conversar, dar conselho e até pode de vez em quando levar a criança para alguma passeio.
A Aliança de Misericórdia mantém, me convênio com a Prefeitura, uma Casa Lar, onde algumas crianças acolhidas, já estão fazendo esta experiência de serem apadrinhadas.
Segue um belo testemunho:
“Sempre fui da opinião de sermos acolhedores, ter a necessidade de agregar, de fazer mais por alguém. Sou madrinha religiosa de algumas crianças, mas o apadrinhamento afetivo foi algo realmente gratificante, novo e de intensa troca.
Apadrinhamos um menino, de 10 anos, quase pré-adolescente, coisa pela qual não tinha experiência já que tenho uma filha menina, e 4 afilhadas, tive desafios ao longo do percurso, mas muito mais que obstáculos tive amor, tive a sensação de ser importante e essencial na vida dele, de como aquilo tudo era novo não só para minha família, mas para ele também.
Ser madrinha é descobrir que a escolha certa foi feita, é olhar toda trajetória percorrida até aqui e se sentir grata por ter tido a chance de fazer parte da vida dele e permitir que ele faça da nossa.
É trazer de volta o brilho do olhar de uma criança. É ser o abraço de apoio e a orientação quando algo não vai bem. Ser o porto seguro e referência, sentindo fazer diferença na vida de alguém.
Torço para que ele tenha muito sucesso na vida, mas volte sempre que possível para ganhar um pouquinho de colo.
Fazemos passeios, frequentamos as festas da família, ajudamos a fazer trabalho de escola, às vezes ficamos em casa vendo um filme, ele gosta de nos ajudar a fazer o almoço, falamos sobre o que ele deseja ser quando crescer, essas coisas.
No fim nós damos o nosso tempo e o que podemos oferecer de melhor, e ele sempre nos retribuiu com sorrisos que valem mais que tudo isso.
Ele é especial para nós, e sabemos que somos para ele também, Deus nos permitiu vivenciar isso então que saibamos aproveitar cada momento.”
Casal padrinhos: Regina Vecchi e Marco Rodrigues
Para entrar em contato com a Casa Lar da Aliança de Misericórdia ligue para:
Os candidatos a padrinhos receberão formação específica. Saiba mais detalhes no card abaixo:
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