O Senhor Vem ao Nosso Encontro: Reflexão sobre a Humildade e o Amor de Deus

Ao longo da história da salvação, vemos que Deus constantemente vem ao encontro da humanidade. Ele não espera que o procuremos sozinhos, mas, em Sua imensa bondade e misericórdia, toma a iniciativa de se revelar e de nos salvar. Essa é uma verdade central na fé católica, refletida nas Escrituras e na tradição da Igreja.

No Antigo Testamento, desde o momento da Criação até a aliança com o povo de Israel, Deus se mostra presente, conduzindo e guiando o Seu povo. Na plenitude dos tempos, o Pai nos envia o Seu Filho, Jesus Cristo, a maior prova de que Deus vem ao nosso encontro de maneira humilde e amorosa.

Deus vem ao nosso encontro na humildade de Cristo

A encarnação de Jesus é o exemplo máximo dessa ação divina. São Paulo, em sua carta aos Filipenses, nos ensina que Cristo, “sendo Deus, não se apegou ao fato de ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo” (Fl 2,6-7). O Filho de Deus, que poderia vir com todo o poder e glória, escolheu nascer de uma jovem simples, Maria, em uma humilde manjedoura.

Este mistério é celebrado no Natal, quando Deus se faz pequeno, acessível, e se coloca ao nosso lado. São João Crisóstomo, um dos Padres da Igreja, destaca que “Deus se fez homem para que o homem pudesse se aproximar de Deus”. Cristo veio para partilhar nossa condição humana, para nos elevar à comunhão com o Pai.

A tradição da Igreja está repleta de reflexões sobre essa humildade de Deus. Santo Agostinho, por exemplo, nos lembra que a encarnação foi o maior gesto de amor de Deus pela humanidade. Ele diz: “Tão grande é o amor de Deus que Ele não hesitou em descer até nós para que pudéssemos ser elevados até Ele”.

Além de humilde, esse encontro de Deus com o ser humano é profundamente amoroso. O evangelho nos revela que Jesus veio não para condenar, mas para salvar (Jo 3,17). Sua missão é de reconciliação, de trazer cura às feridas do pecado e restaurar nossa amizade com Deus.

Na parábola do Filho Pródigo (Lc 15,11-32), vemos de forma clara o quanto Deus anseia por esse encontro. O pai da parábola representa o próprio Deus, que corre ao encontro do filho arrependido, o acolhe com um abraço e o restaura à dignidade de filho. É assim que o Senhor age conosco: sempre pronto a nos acolher de volta, independentemente de nossos erros.

Os santos também testemunham esse amor divino em suas vidas. Santa Teresa de Lisieux, por exemplo, via a misericórdia de Deus como um oceano infinito. Ela dizia: “Se eu tivesse cometido todos os crimes possíveis, manteria sempre a mesma confiança; sinto que essa multidão de ofensas seria como uma gota de água jogada numa fornalha ardente”.

Nosso chamado a imitar a humildade de Cristo

Assim como Deus vem ao nosso encontro de forma humilde e amorosa, somos chamados a imitar Seu exemplo em nossas próprias vidas. A caridade, a humildade e a compaixão devem ser atitudes centrais do nosso relacionamento com os outros, especialmente com os mais pobres e necessitados.

Uma forma concreta de vivermos essa humildade e amor ao próximo é através da solidariedade, como ensina a Igreja em sua Doutrina Social. A caridade é o reflexo do amor de Deus em nós, e através dela podemos ser instrumentos do encontro de Deus com os outros.

Neste Natal, somos convidados a fazer parte do Natal de Misericórdia, uma ação que reflete esse amor de Deus por todos. Assim como Cristo se faz próximo de nós, podemos nos fazer próximos dos nossos irmãos mais necessitados. Cada gesto de doação e solidariedade ajuda a levar a presença de Cristo àqueles que mais precisam. Doe e faça parte dessa corrente de amor e misericórdia.

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