O que vale é ser notado! A tentação da ostentação
Sabe quando você chega a um lugar e quer ser notado? Ou quando se veste para que todos te vejam e comentem sobre a sua roupa? Pois é, muito cuidado! Você pode estar sendo tentado pela ostentação.
Mas afinal o que é essa ostentação?
É a ação de mostrar ou exibir com alarde, quer dizer “apresentar” ou “mostrar” num sentido exibicionista, estando ligado ao orgulho, à presunção ou simplesmente à vaidade.
Também está relacionado ao luxo, esplendor ou suntuosidade, em atos públicos ou particulares.
São atitudes de pessoas que exibem as suas riquezas ou as suas próprias qualidades, sublinhando a importância de algo que tem, que fez, ou que é.
Há aí um desejo exagerado de atrair a atenção, a admiração e o prestígio dos outros.
E qual o problema que ela traz?
As pessoas que vivem se ostentando exibem coisas falsas, ostentam ser pessoas que não são, ter coisas que não tem e vivem em um mundo de fantasia, totalmente fora da realidade, onde as pessoas sofrem e passam alguma necessidade.
São levadas pela mídia que dita como devem se vestir, como devem se comportar, como devem ser seus amigos, caso contrario serão como todos os outros que são inferiores.
Ou ainda, as pessoas estão cada vez mais preocupadas com o ter e pensam pouco em ser, se esquecem do verdadeiro sentido da vida: a felicidade!
Trabalham muito, são em geral muito preocupadas, tem muitas coisas, mas não veem os filhos crescerem, não tem amigos e muitas vezes são conhecidas como fúteis.
“As riquezas acumuladas para si estão na origem das guerras, das famílias destruídas e da perda de dignidade. A luta cotidiana é, ao invés, administrar as riquezas da terra para o bem comum. Pensar nos outros, pensar que aquilo que tenho está a serviço dos outros e que nada que possuo levarei comigo”. (Papa Francisco)
Ter é mais importante que ser?
O que vale mais, aparecer “bem na foto” e chegar em casa com um sentimento de vazio e uma solidão que ninguém pode suprir, ou me conhecer profundamente e viver a verdadeira felicidade?
Antonie de Sain-Exupéry em ‘O Pequeno Príncipe’, diz que “o essencial é invisível aos olhos”. Pois, “de que vale a pena ganhar o mundo inteiro e perder a própria vida?” (Mc 8,36).
Deus tem reservado as mais preciosas maravilhas para aqueles que renunciam a si mesmo, tomam sua cruz e o seguem.
O que vale mais? Ostentar, aparecer ou ter ao nosso lado alguém que nos conduz a Deus? Poder responder as perguntas interiores: ‘O que eu busco? Quem sou eu?’
DICA DE LIVRO: Nasci para dar certo (Adriano Gonçalves)
Como nos livrar desse mal?
“Ninguém pode servir a dois senhores: ou odiará a um e amará a outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24).
Como nos diz a Palavra, basta uma decisão contrária a ostentação! Escolher a humildade, sobriedade, despojamento, descrição, simplicidade, modéstia.
Vivamos com a dignidade dos filhos de Deus!
“Acumular sim, tudo bem; tesouros sim, tudo bem, mas os que têm preço, na ‘bolsa do Céu’. Ali, acumular ali!”, como disse o Papa.
Tatiane Gava – Missionária Comunidade de Vida
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