O Batismo do Senhor e o início da vida pública de Jesus
A Festa do Batismo do Senhor, celebrada no domingo após o dia 6 de janeiro, integra as Festas Epifânicas, que marcam o encerramento do Tempo Litúrgico do Natal.
João Batista desempenha um papel muito importante para esse momento que marca o início da vida pública de Jesus, o último dos profetas é o único a ter o privilégio de conhecer e batizar o Messias.
A mensagem de João é uma prefiguração da vocação cristã, pois convida à conversão. Ele proclama Jesus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, introduz o batismo com água, simbolizando o arrependimento para a remissão dos pecados.
O batismo de Jesus marca o início de sua missão e representa uma renovação profunda no homem. Ele restaura a natureza corrompida, revestindo-a de uma veste incorruptível e imortal. A abertura dos céus, a descida do Espírito Santo e a proclamação divina de Jesus como “Filho amado” revelam a Santíssima Trindade.
No batismo, Jesus solidariza-se com os pecadores, cumpre os preceitos, purifica a água prefigurando o verdadeiro batismo e prepara para o batismo de cruz, simbolizando descida, esvaziamento e entrega pela salvação da humanidade.
O sacramento do batismo nos insere em uma vida nova, permeada pelo Espírito Santo, tornando-nos cristãos, filhos adotivos de Deus, membros da Igreja e amigos do Pai.
Bento XVI destaca que o batismo cristão difere do de João Batista, pois envolve o fogo do Espírito Santo. Esse sacramento permanece durante nossa cooperação, refletindo a disponibilidade da liberdade para eficácia da ação divina.
A celebração da Festa do Batismo do Senhor nos convoca a renovar nossa vocação à santidade e as promessas do Batismo. Como discípulos e missionários, participamos da função tríplice de Cristo, vivendo a missão de evangelizadores e proclamando a presença do Reino de Deus.
Como corpo vivo da Igreja, temos a responsabilidade de levar a luz de Cristo aos que ainda não o conhecem. Que, ao meditar sobre a Festa do Batismo do Senhor, possamos viver com alegria as promessas do nosso Batismo, inseridos na esperança do céu.
Que nunca caiamos na indiferença à Verdade, mas, protegidos por Cristo, possamos ser testemunhas da misericórdia de Deus em um mundo que necessita tanto do amor do Pai.
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