Nossa Senhora Mãe da Igreja é um título mariano que nos remete à importância singular de Maria na história da Igreja.

A figura de Maria como Mãe da Igreja tem sido objeto de reflexão e de devoção ao longo dos séculos. Em seu livro “Maria, prefiguração da Igreja”, o renomado teólogo franciscano Frei Raniero Cantalamessa explora essa conexão profunda entre Maria e a Igreja, destacando a prefiguração do papel da Virgem Maria como modelo e protótipo da Igreja.

A prefiguração de Maria como Mãe da Igreja:

Maria é a prefiguração da Igreja, o que significa que ela antecipou em sua própria vida e missão aquilo que a Igreja se tornaria. Desde o momento da Anunciação, Maria foi chamada a ser a Mãe de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Essa maternidade divina tornou-se o alicerce para sua relação única com a Igreja. Assim como a Igreja é chamada a gerar e nutrir os filhos de Deus na fé, Maria gerou e nutriu Jesus fisicamente e espiritualmente.

A união íntima de Maria com Jesus é uma das chaves para entender sua prefiguração da Igreja. Em seu texto, Cantalamessa destaca que Maria esteve presente em todos os momentos cruciais da vida de Jesus, desde seu nascimento até sua morte e ressurreição.

Ela foi uma discípula fiel e participou ativamente do plano divino de salvação. Da mesma forma, a Igreja é chamada a estar presente na vida de cada cristão, a acompanhá-los em sua jornada de fé e a compartilhar do mistério da redenção.

O papel materno de Maria na Igreja:

Maria é a mãe da Igreja. Assim como uma mãe cuida de seus filhos, Maria cuida de cada membro da Igreja, intercedendo por eles junto a Jesus.

Sua maternidade espiritual não se limita apenas aos cristãos individuais, mas se estende a toda a comunidade eclesial. Maria é a Mãe da Igreja como um todo, preocupando-se com seu crescimento, santificação e missão.

A devoção a Nossa Senhora Mãe da Igreja é uma expressão concreta da fé católica. Reconhecer o papel singular de Maria na história da salvação e sua intercessão contínua em favor da Igreja é um convite para nos aproximarmos dela com confiança filial.

Ao imitar Maria em sua docilidade ao Espírito Santo e em seu serviço generoso, podemos fortalecer nossa união com a Igreja e colaborar em sua missão de levar a Boa Nova de Cristo ao mundo.