Na terça-feira, 25 de fevereiro de 2025, o Papa Francisco divulgou sua mensagem para a Quaresma, intitulada “Caminhemos juntos na esperança”. Nesta reflexão, o Pontífice convida os fiéis a embarcarem em uma jornada de fé e conversão, especialmente significativa durante o Ano Jubilar.

O Papa iniciou destacando o simbolismo das cinzas, que marcam o começo da Quaresma como uma peregrinação anual de renovação espiritual. Ele enfatiza a importância de preparar o coração e abrir-se à graça divina para celebrar com alegria a Páscoa, que representa a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.

Caminhar: um chamado à conversão

Inspirado pelo lema do Jubileu, “Peregrinos de Esperança”, Francisco relembra a travessia do povo de Israel rumo à Terra Prometida. Essa jornada simboliza a passagem da escravidão para a liberdade, guiada pelo amor fiel de Deus. O Papa relaciona essa narrativa aos migrantes atuais que buscam escapar da miséria e da violência, instigando uma reflexão pessoal:

• Autoavaliação espiritual: Estamos em movimento ou paralisados pelo medo e pela falta de esperança? Buscamos libertação das situações de pecado e indignidade?

Francisco sugere que, durante a Quaresma, os fiéis se confrontem com a realidade dos migrantes, permitindo que suas experiências inspirem ações concretas de solidariedade e transformação.

Caminhar juntos: A vocação da Igreja

O Papa reforça que a sinodalidade — caminhar juntos — é a essência da Igreja. Os cristãos são chamados a avançar em unidade, evitando atitudes de superioridade, inveja ou hipocrisia. É fundamental ouvir com amor e paciência, garantindo que ninguém se sinta excluído. Francisco encoraja uma introspecção sobre nossa capacidade de colaborar em prol do Reino de Deus e de acolher aqueles que se aproximam, promovendo uma verdadeira conversão à sinodalidade.

Esperança na promessa Divina

A esperança é central na mensagem do Papa para esta Quaresma. Citando a encíclica “Spe salvi” de Bento XVI, Francisco destaca que o amor incondicional de Deus é a fonte da verdadeira esperança, capaz de superar qualquer adversidade. Ele questiona:

• Confiança na Misericórdia: Estamos convictos do perdão de Deus ou tentamos nos salvar por nossos próprios meios? Vivemos a esperança de maneira que nos impulsione a buscar justiça, fraternidade e cuidado com a criação?

O Papa conclui reafirmando que, graças ao amor de Deus em Jesus Cristo, somos sustentados por uma esperança que não decepciona. Ele invoca a intercessão de Maria, Mãe da Esperança, para que nos acompanhe em nossa jornada quaresmal, fortalecendo nosso compromisso de caminhar juntos na fé e na caridade.