Maria Assunta ao Céu
Elevada à glória celeste em corpo e alma
Mãe de Deus, templo vivo da divindade santíssima do teu Filho único, em ação de graças o repito: a tua assunção em nada te afastou dos cristãos.
Tu vives imperecível, mas não estás longe deste mundo perecível. Pelo contrário, estás próxima de quantos te invocam e quem te procura com fé encontra-te. Convinha que o teu espírito permanecesse sempre forte e vivo e que o teu corpo fosse imortal.
Com efeito, como poderia a corrupção da carne reduzir-te a cinzas e a pó, a ti, que livraste o Homem do fracasso da morte pela incarnação do teu Filho? (…)
Uma criança procura e deseja a sua mãe e a mãe gosta de viver com o seu filho. Da mesma forma, visto que tinhas no teu coração um amor maternal por teu Filho e teu Deus, tinhas naturalmente de poder regressar para junto dele.
E Deus, devido ao seu amor filial para contigo, devia, com toda a justiça, permitir-te partilhar da sua condição. Assim, morta para as coisas perecíveis, emigraste para as moradas imperecíveis da eternidade, onde reside Deus, cuja vida agora partilhas. (…)
O teu corpo foi sua morada, e neste dia foi Ele que, por sua vez, Se tornou o local do teu repouso. “Este será para sempre o meu lugar de repouso” dizia (Sl 132,14). Este espaço de repouso é a carne que de ti tomou e de que Se revestiu, Mãe de Deus, a carne na qual acreditamos que Se mostrou no mundo presente e que Se manifestará no mundo futuro, quando vier julgar os vivos e os mortos.
Visto seres a morada do seu repouso eterno, retirou-te da corrupção e levou-te consigo, querendo guardar-te na sua presença com o seu afeto.
É por isso que Ele te concede tudo quanto Lhe pedes, como a mãe ciosa de seus filhos. Eternamente bendito, tudo quanto desejas Ele o realiza com a sua divina omnipotência.
São Germano de Constantinopla (?-733), bispo
Homilia 1 para a Dormição da Mãe de Deus; PG 98, 346
Segundo fonte de Evangelho Quotidiano
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