O segundo dia da Festa das Tendas 2025 começou com intensidade espiritual e profunda abertura à ação do Espírito Santo. Na manhã desta sexta-feira, 17 de outubro. A manhã começou com uma adoração eucarística de profunda escuta da voz de Deus.

Logo após, a manhã seguiu com a primeira pregação do dia, conduzida pelo Padre Paulo Ricardo, que trouxe como tema:
“Permanecei em mim, no meu amor, na minha palavra”, baseado no capítulo 15 do Evangelho de São João.

O verbo “permanecer”: chave da vida cristã

Padre Paulo iniciou destacando a força e a frequência do verbo “permanecer” no Evangelho de João, onde é utilizado 39 vezes por Jesus. Para ele, isso revela a urgência de uma espiritualidade enraizada em Cristo.

“Devemos permanecer no amor, mas para isso é necessário conhecê-lo, gastar tempo com Ele, exercitar atos de fé. E com a fé vem o amor, e é aí que tudo muda”, afirmou.

Ele explicou que permanecer na Videira verdadeira, que é Cristo, exige mais do que uma vivência exterior. É preciso habitar em Jesus, deixar que a fé una nossa alma à alma de Cristo. E é nesse lugar de permanência que o cristão começa a receber os “nutrientes” espirituais que o capacitam a amar de verdade, a romper com o pecado e a pagar o preço do amor.

A misericórdia: o amor que desce do Céu

Em sua reflexão, Padre Paulo Ricardo aprofundou o significado do amor de Deus revelado em forma de misericórdia — um amor que desce do alto e vem ao nosso encontro. Ele afirmou que a amizade com Deus é a verdadeira Aliança de Misericórdia, e que é impossível viver essa aliança sem permanecer n’Ele, sem dedicar tempo à oração e à intimidade com o Senhor.

“Devemos ser amigos de Deus, conhecer os segredos da intimidade de Deus. Conhecendo a Deus, a gente termina amando; e amando, a gente termina pagando o preço”, destacou.

A missão da Aliança de Misericórdia: descer com Jesus

Ao concluir sua pregação, o padre lembrou que a própria história da Aliança de Misericórdia, que completa 25 anos em 2025, é uma resposta concreta a esse chamado de permanecer no amor e ser instrumento da misericórdia de Deus.

“Essa é a história da Aliança: pegar pessoas maltratadas pelo pecado e ser sinal do amor de Deus para elas. Fazer com que pessoas necessitadas conheçam o amor com que foram amadas. E como fazemos isso? Descendo junto com elas. Até que aquela pessoa pergunte: ‘Por que você faz isso por mim?’”

O sacerdote também reconheceu a misericórdia que Deus teve com cada um de nós, apesar de nossas infidelidades, e fez um apelo final:

“Precisamos permanecer n’Ele para sermos sinais dessa misericórdia.”

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