Conheça os missionários que serão ordenados diáconos nesse sábado
É com grande alegria que apresentamos a vocês um pouco da história dos nossos irmãos Thiago Henrique e Luís Fernando, que serão ordenados diáconos no próximo sábado, 22 de junho às 17h, em missa solene no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, no Rio de Janeiro/RJ.
Thiago Henrique
Durante minha infância, enquanto participava da catequese e fazia minha primeira comunhão, desenvolvi uma enorme admiração pela figura sacerdotal. Aos 15 anos, um padre do Instituto Missionários da Consolata, que estava visitando minha cidade, me convidou para participar de um retiro vocacional. Aceitei o convite e senti que Deus me chamava ao ministério sacerdotal. No entanto, sendo jovem e com outros planos e sonhos, acabei não dando muita atenção à voz de Deus naquela ocasião.
Aos 19 anos, recebi um convite de um padre da minha cidade para participar de retiros vocacionais com o objetivo de ingressar no seminário da Diocese de Santo André. Nessa mesma época, conheci a Aliança de Misericórdia. Embora tenha participado de alguns encontros vocacionais diocesanos, comecei a me identificar cada vez mais com o carisma da Aliança de Misericórdia. Como não conseguia conciliar as duas realidades, decidi livremente assumir meu compromisso com a Comunidade.
Durante minha jornada como Missionário de Aliança, senti um chamado cada vez mais forte para me entregar inteiramente a Deus através da vida missionária e do sacerdócio. No entanto, minha timidez e alguns traços depressivos me faziam questionar se eu conseguiria assumir esse chamado. Diante das dúvidas, uma voz clara dentro de mim dizia: “não tenhas medo, vem e segue-me” (cf. Mt 16,24).
Naquela época, eu havia começado a faculdade de Publicidade e Propaganda e sonhava em namorar, casar e ser um grande profissional na área de design gráfico. No entanto, os questionamentos vocacionais persistiam e me deixavam cada vez mais inquieto, pois os planos de Deus para mim eram outros.
Em uma vigília de adoração eucarística da Aliança de Misericórdia (Vigília MMAE), fiz um desafio interior a Deus, pedindo um sinal. Como meu irmão também estava em um caminho vocacional para ser missionário de vida, pedi ao Senhor um sinal de que me chamava para ser missionário de vida e sacerdote, dando outro irmão para que meus pais não ficassem sozinhos. Dois meses depois, minha mãe me informou que estava grávida, algo inesperado, pois ela tinha cerca de 45 anos e meus pais não planejavam ter mais filhos. Quando meu irmão nasceu, eu tinha 22 anos, e isso foi claramente uma resposta de Deus para mim. Desde então, comecei a sonhar os sonhos de Deus para minha vida.
Após discernimento com a Comunidade e meu diretor espiritual, ingressei na Escola de Evangelização em 2011 e, em 2012, na Comunidade de Vida no Discipulado I. Durante os anos de formação, através dos sinais de Deus, dos formadores e da direção espiritual, fui sendo confirmado no meu chamado ao sacerdócio. Iniciei os estudos e, graças à ajuda de alguns benfeitores, que foram para mim um sinal da Providência divina, pude concluir os cursos de Filosofia e Teologia.
Minha Palavra de Vida é: “Meu Filho, se apresentares para servir ao Senhor, prepara-te para a provação. Tenha o coração reto, seja constante e não te desvies no tempo da adversidade. Une-te ao Senhor e não te separes, para que no último dia sejas exaltado” (Eclo 2,1-3). Inicialmente, foi difícil aceitar e viver essa palavra, mas compreendi que essa união com Cristo tinha uma ligação profunda com o sacerdócio, que vive in persona Christi.
“Trazemos, porém, este tesouro em vasos de argila, para que esse incomparável poder seja de Deus e não de nós” (2 Cor 4,7). A grandeza do amor de Deus por mim, sem merecimento e mérito algum da minha parte, sempre me impressiona. Mesmo com minhas limitações, fragilidades e imperfeições, o grande amor de Deus sempre me surpreende, me constrange e me convida a dar meu tudo.
Neste tempo, sou envolvido por muitos sentimentos: gratidão, alegria, temor a Deus e tremor, pois o ministério sacerdotal é muito maior do que podemos imaginar. Contudo, o sentimento que prevalece é a gratidão, pois no abismo da minha miséria, Jesus me resgatou para participar de Sua dignidade.
Luís Fernando
Sou Luís Fernando, tenho 32 anos, nasci em Criciúma, Santa Catarina. Fui criado em uma família católica, recebi todos os sacramentos e frequentava a missa com meus pais. Porém, com o passar do tempo, fui conhecendo as coisas do mundo e fui crescendo participando da igreja e saindo para festas com meus amigos. Meu relacionamento com Deus era muito superficial. No ano de 2009, fui convidado para participar do retiro Thalita Kum. No começo, não aceitei, pois achava que na igreja não podia viver minha juventude como queria. Pela insistência, participei do retiro e vivi uma experiência muito forte de encontro com Deus. Porém, não consegui perseverar nas escolhas de deixar as coisas que fazia no mundo e, com o tempo, me afastei de Deus.
Depois de alguns meses longe, voltei a participar de um grupo de jovens da renovação carismática pelo convite de um amigo. Esta experiência me fez caminhar na igreja e mudar de vida. No ano de 2010, me chamaram para ajudar no retiro Thalita Kum e, através disso, voltei a participar da comunidade. Neste tempo, eu já fazia faculdade de engenharia elétrica e trabalhava, tinha 18 anos. Até este período, nunca tinha pensado em ser missionário, muito menos sacerdote. No final de 2010, comecei a sentir-me inquieto, e que Deus me estava chamando a viver uma nova experiência, a deixar tudo para ser missionário. O trabalho e a faculdade já não me preenchiam. Então decidi fazer uma experiência de um ano na escola de evangelização no Rio de Janeiro.
Durante este ano, surgiu o desejo de ser sacerdote e, no ano seguinte, 2012, entrei para a formação inicial. Em 2014, ao sair da formação, fui enviado para Barbacena e, em 2015, fui enviado para a missão da Venezuela, onde moro até hoje. Ali fiz todos os meus estudos de preparação para o sacerdócio. O sentimento que trago no coração é de gratidão a Deus, por Ele ter me chamado, por sustentar-me todos os dias com a Sua graça, mesmo com minhas misérias e fraquezas. Desejo viver este tempo de serviço diaconal a toda a comunidade e à Igreja.
Diáconos para a Igreja e para a Aliança
Esses são os nossos irmãos, Thiago Henrique e Luís Fernando, que serão ordenados diáconos transitórios para a Igreja e a Aliança de Misericórdia. A vida deles é um testemunho de fé e perseverança.
Peçamos a Deus que abençoe mais esse passo dos nossos irmãos e a vocação ao sacerdócio
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