As duas vindas de Cristo: quando Ele virá?
“Muitos sucumbirão, serão traídos mutuamente e, mutuamente, se odiarão. Irão levantar-se muitos falsos profetas e seduzirão a muitos. E, ante o progresso crescente da iniquidade, a caridade de muitos esfriará“.
(São Mateus, 24, 6-12)
“Ainda não será o fim”
Primeiramente, é importante que saibamos que o fim dos tempos é algo esperado também pelo povo judeu; aquilo que os profetas nomearam como “O Dia do Senhor“, “dia grande e terrível” (Joel 2,31), dia em que Deus fará justiça sobre a terra e renovará todas as coisas. Também o Novo Testamento mantém a mesma linha concluindo as escrituras com um clamor: “Maranathá” (Apocalipse 22).
Há uma diferença na compreensão dos judeus sobre o Dia do Senhor. Estes acreditavam que esse momento coincidiria com a vinda do Messias. Jesus veio na humildade e não houve os sinais preditos nos profetas, talvez por essa razão tenha sido rejeitado pela maioria o seu povo.
“Aquando da sua primeira vinda, Deus veio sem brilho, desconhecido da maioria, prolongando durante longos anos o mistério da sua vida oculta. Quando desceu do monte da Transfiguração, Jesus pediu aos seus discípulos que não dissessem a ninguém que Ele era o Cristo… O profeta tinha predito esta vinda sem brilho nestes termos: «Descerá como a chuva sobre um velo e como a água que corre gota a gota sobre a terra» (Sl 71,6).” (São João Crisóstomo)
Todavia, o Senhor anunciou que viria uma segunda vez, glorioso e aí sim, será o fim.
Os Últimos Tempos
Este intervalo de tempo, entre o nascimento da Igreja em Pentecostes, passando pelos nossos dias até a vinda de Cristo, é considerado o Fim dos Tempos. Para este período, Cristo deixou com sua Esposa (Igreja) os meios (sacramentos) para alcançar todas as “ovelhas perdidas da casa de Israel” e aquelas que não são do seu redil.
Terão sinais de que a vinda de Cristo está próxima? As Sagradas Escrituras nos mostram alguns pontos:
1 – Tribulação na Santa Igreja;
2 – Grande apostasia (abandono da fé);
3 – Revelação do Anticristo;
4 – Será um evento sobrenatural com a renovação do céu e da terra;
“Ele virá com tanto brilho que nem terá de anunciar a sua chegada: «Como o relâmpago que parte do Ocidente e aparece no Oriente, assim será a vinda do Filho do homem» (Mt 24,27).
Este será o tempo do julgamento e da sentença, em que o Senhor não aparecerá como médico, mas como juiz. […] David, o rei-profeta, fala de um esplendor, de um brilho e de um fogo irradiando em todas as direções: «Um fogo caminhará diante dele e à sua volta rugirá violenta tempestade»” (Sl 49,3) (São João Crisóstomo)
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