Ainda sobre o Aborto?

O título desse artigo sugere que o tema sobre a legalidade do aborto ainda persiste apesar de ser uma prática criminosa e absurda. Todavia, é muito mais grave que isso, o aborto anda cada vez mais longe de ser um método periférico, e abolido de nossa sociedade.

Os promotores internacionais dessa monstruosidade organizam campanhas eficientes e didáticas ao ponto de convencer a sociedade civil de que abortar, longe de ser uma aberração, é na verdade um Direito. Portanto, segundo essa lógica, deve ser garantido e protegido pelas leis e pelas instituições.

Ou seja, a nossa sociedade estaria outorgando como direito uma das formas de violência mais repugnantes: o assassinato no ventre materno.

Para não esquecer

Há dois anos o Brasil foi assolado por uma nova peste, o Zika vírus. O transmissor dessa doença é um velho conhecido da nossa população o Aedes Aegypti. Dentre outras complicações, o Zika tem sido associado a casos de bebês nascidos com microcefalia, que é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança são significativamente menores do que os de outras da mesma idade.

Existem informações contraditórias e desencontradas, de que seria mesmo o vírus o responsável por esses casos de microcefalia, ou ao menos pairam questionamentos, em como e em que condições mulheres grávidas, que contraem essa doença, poderiam gerar filhos com microcefalia.

Entretanto, espantosamente, apesar de pareceres preliminares da ciência e da medicina relacionando a contaminação de grávidas pelo Zika com nascituros microcéfalos, a agência da ONU, em Genebra, defendeu o aborto em caso de suspeita de microcefalia.

Em outros termos o que a agência da ONU recomenda é: está grávida e foi contaminada com Zika, mate a criança em seu ventre.

Assassinato não é um direito

Segundo o jornalista Felipe Moura Brasil¹, mulheres grávidas diagnosticadas com o Zika, já estariam abortando no Brasil, independente da confirmação da microcefalia. A situação, segundo o jornalista, é tão grave que já ocorre em mulheres com 6 meses de gestação, tempo necessário para a constatação da microcefalia.

O absurdo da decisão dessas mulheres em eliminar seus próprios filhos, encontra amparo em organizações e autoridades de diversos setores. Mesmo sendo uma prática cruel, higienista e criminosa.

O despudor da ONU e outras organizações na defesa da implantação do crime de aborto, em escala mundial, revelam o quanto esse deve ser um tema central para cada um de nós.

Transformar esse crime em direito, significa também a capacidade de violar a consciência de uma mãe, aponto de colocá-la como carrasco de seu próprio filho. Esse é um atentado contra a vida, contra a família e mesmo contra a nossa civilização.

Corremos sempre o perigo de nos acostumar com alguns temas. O aborto é um desses casos, talvez o pior. Aprendemos a conviver com ele e deixamos ao longo do tempo de enfrentá-lo com toda a nossa capacidade. Um primeiro passo seria sempre recordar que o vocábulo aborto é apenas um eufemismo para assassinato.

Alisson Faria, Mestre em Comunicação e Semiótica pela Universidade de São Paulo (USP)

¹ Fonte: Blog Felipe Moura Brasil: http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/cultura/aborto-e-microcefalia-mais-uma-discussao-estupida/

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