A pequena Via de Santa Teresinha
Santa Teresinha, doutora da Igreja e padroeira das missões, mesmo sendo uma jovem carmelita que nunca deixou o Carmelo e não escreveu grandes tratados teológicos. Mas, como isso é possível?
Através de uma espiritualidade simples, mas muito profunda, criada pela santa, chamada: a Pequena Via.
Esse foi o caminho que Santa Teresinha descobriu para chegar a Cristo e fazer parte da multidão de Santos Doutores, Ascetas, Mártires e Guerreiros do céu.
A Pequena Via
A Pequena Via consiste em Amar! Amar a Deus sobre todas as coisas e cada ser humano como se fosse Cristo.
E não é esse o mandamento que Deus nos deu? Não é esse o caminho de todos os Santos?
Sim, mas o que Santa Teresinha percebeu foi que ela sozinha não conseguiria, mas sim com uma confiança filial e se entregando ao Bom Deus. Ele mesmo a ajudaria a ser Santa, Ele mesmo a ajudaria a amar ao ponto de dar a vida!
Muito se engana quem pensa que a Pequena Via é um atalho à santidade, ou um caminho fácil. A Pequena Via exige de nós as virtudes heroicas assim como qualquer outro caminho de santificação.
Porém, ela conta com a humildade como companheira e o amor como meta. Para entrar na “Porta Estreita do Paraíso” (Mt 7,13) é necessário viver o amor de Cristo, aquele que entrega a própria vida.
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É necessário se abandonar
Teresinha sabia que sozinha não era capaz, ela estava perfeitamente ciente de suas fraquezas e dificuldades, e por isso entrega até isso nas mãos de Deus.
Reconhece Deus como um Pai amoroso, que deseja nossa santidade, e como uma pequena criança se coloca nos braços do Pai, e diz:
“Eu sou pequena demais para subir a rude escada da perfeição…Posso, apesar de minha pequenez, aspirar à santidade”
Nessa lógica de Santa Teresinha, qual seria o impulso do coração pequeno que deseja Deus, se não a plena confiança de que Ele me dará tudo o que eu preciso para me unir a Ele? De que Sua imensa misericórdia providenciará todas as coisas em minha vida?
Consciência da filiação Divina
Uma profunda humildade e completa confiança em Deus, assim como uma criança que pula sem medo sabendo que o Pai vai lhe pegar, e não a deixará cair. Esse é o caminho da Pequena Via.
Por isso, Santa Teresinha foi elevada ao título de Doutora da Igreja, pois resumiu de forma simples o segredo da santidade, o amor.
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Padroeira das Missões
Por isso também ela é padroeira das missões, pois em seu desejo de amar a Deus, suportou humilhações e sofrimentos e quis sofrer até mais do que sofreu. Desejava ardentemente o martírio, dar a vida nas cruzadas, evangelizar todos os povos e, como não podia, rezava por cada um deles.
O Decreto Conciliar Ad Gentes, sobre a atividade missionária da Igreja, afirma: “A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária, visto que tem sua origem, segundo o desígnio de Deus Pai, na ‘missão’ do Filho e do Espírito Santo” (AG,6).
Santa Teresinha, mesmo vivendo no Carmelo, viveu sua identidade missionária, rezando pelas vocações e por todas as missões, não se cansando de viver o amor de forma radical nas pequenas coisas.
Coisas essas como, pequenas penitências do dia a dia, pequenos gestos de amor para as outras irmãs do Carmelo… e assim Santa Teresinha descobriu sua vocação missionária, como ela poderia ser mártir, evangelizadora, cruzada (quem participou das Cruzadas), freira e toda de Cristo, vivendo o amor:
“Ó Jesus, meu amor, minha vocação, encontrei-a afinal: Minha vocação é o amor!”.
Ela nos dá o exemplo através da Pequena Via, uma confiança infinita em Deus, humildade profunda e o amor manifesto nas pequenas coisas do dia a dia.
Santa Teresinha transformava o ordinário do dia a dia do Carmelo em extraordinário para Deus.
Peçamos a intercessão de Santa Teresinha para sermos fiéis a nossa vocação e ao chamado missionário que Deus nos faz.
Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, rogai por nós!
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