Madre Assunta Marchetti: Um legado de resiliência e compaixão em tempos de crise
Em um mundo marcado por crescentes desafios sociais, como a crise migratória, desigualdades econômicas e a luta pelo direito à vida, a vida de Madre Assunta Marchetti representa uma resposta compassiva e resiliente. Beatificada no dia 25 de outubro de 2014, Madre Assunta dedicou sua vida aos órfãos e imigrantes, mostrando que o compromisso com os mais vulneráveis pode transformar realidades.
Nascida em 15 de agosto de 1871, em Lombrici, Itália, Assunta enfrentou desde cedo as dificuldades de uma família trabalhadora e numerosa. Com a responsabilidade de cuidar de seus irmãos menores e ajudar sua mãe doente, ela conheceu de perto os desafios de uma vida de sacrifício e dedicação. Sua juventude coincidiu com os anos de grande imigração italiana para as Américas, um período de incertezas e esperanças para milhares de famílias que buscavam um futuro melhor.
Foi nesse contexto que Dom João Batista Scalabrini, o apóstolo dos migrantes, teve um papel crucial. Inspirado pela pregação de Scalabrini, que defendia a proteção e o amparo aos imigrantes, o Pe. José Marchetti, irmão de Assunta, partiu para o Brasil em 1894 para fundar o Orfanato Cristóvão Colombo em São Paulo. A jovem, inicialmente relutante em deixar seu sonho de ser irmã clarissa, foi convencida pela urgência da missão de seu irmão e pela visão compassiva de Scalabrini. Assim, ela decidiu embarcar para o Brasil e abraçar a causa dos migrantes, tornando-se uma das primeiras membros da congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, conhecidas como Scalabrinianas.
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Chegando ao Brasil em 1895, Assunta e sua pequena equipe enfrentaram condições extremas para cuidar de centenas de crianças e imigrantes, muitos afetados por doenças como cólera e difteria. O orfanato não apenas oferecia abrigo, mas criava um ambiente familiar, independentemente da cor ou nacionalidade das crianças. Madre Assunta, assumindo tanto o papel de superiora quanto de cozinheira, foi a força mantenedora da congregação, especialmente após a morte prematura de seu irmão em 1896.
A determinação de Madre Assunta em manter o carisma original de sua congregação diante de pressões externas, incluindo a tentativa de fusão com outra congregação, demonstrava sua capacidade de liderança e sua visão clara do propósito de sua missão. Sua vida foi um constante serviço aos pobres, mostrando que a verdadeira religião é servir aos que mais precisam como se servisse ao próprio Cristo.
Madre Assunta faleceu em 1º de julho de 1948, após 53 anos de dedicação missionária. Seu testemunho continua vivo através das Irmãs Scalabrinianas (ou Carlistas), presentes em 20 nações, mostrando que a compaixão e o serviço ao próximo são mais relevantes do que nunca em tempos de crise global.
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Santidade Brasileira | Beata Assunta Marchetti e S. José de Anchieta | Parte de Nós
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