Ilha do Marajó: Exploração sexual e a luta de Dom Azcona

Nos últimos dias muito se tem falado sobre a situação na Ilha do Marajó (PA), isso porque após a divulgação da uma música protestante que narra a triste realidade da região os olhos da mídia se voltaram para o tema: a exploração sexual de menores que ocorre por lá há anos.

No entanto, apesar da impressa citar a situação apenas neste momento, a Igreja tem lutado há tempos e denunciado os abusos e barbaridades que acontecem na Ilha do Marajó. Exemplo disso foi a perseguição ao Bispo Emérito Dom Jose Luiz Azcona Hermoso, que atua há anos contra essa situação.

Dom Azcona é reconhecido internacionalmente por sua incansável luta contra o tráfico humano e a exploração sexual de crianças na ilha do Marajó. Nascido em 28 de março de 1940, em Pamplona, Espanha, ele tem denunciado as injustiças na região há pelo menos três décadas, chamando a atenção nacional para casos em que crianças eram exploradas com o consentimento de suas próprias famílias.

Além disso, o bispo foi fundamental para a instalação da CPI da Pedofilia tanto na Assembleia Legislativa do Pará quanto no Congresso Nacional, nos anos de 2009 e 2010. Sua defesa incansável dos direitos das crianças e da dignidade humana tem sido um farol de esperança em meio às adversidades enfrentadas na Ilha do Marajó.

No final de 2023, foi informado que o bispo seria retirado da Ilha do Marajó após diversas perseguições, porém a população local se manifestou contrária a saída de Dom Azcona e organizou protestos solicitando a permanência dele na região. A Nunciatura Apostólica no Brasil determinou então a permanência do Bispo na região para continuar seu importante trabalho de pastor e de defensor do povo.

Em 2015, Dom Azcona denunciou o caso de crianças se oferecendo sexualmente à adultos com o consentimento da família em troca de dinheiro.  E a situação que vem sendo denunciada pela Igreja local há tanto tempo agora chama atenção do país todo.

Rezemos para que as autoridades locais tomem medidas justas e para que nenhuma criança seja vítima de crimes, como abusos sexuais e tráfico humano.

 

 

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