Serva de Deus Irmã Adélia: A vidente de Cimbres

Irmã Adélia é uma das garotas a quem Nossa Senhora de Cimbres apareceu. O evento se deu a Maria da Luz Teixeira de Carvalho, em Pesqueira, Pernambuco, no ano de 1936, juntamente com sua amiga Maria da Conceição Silva.

Após a aparição de Nossa Senhora, Irmã Adélia dedicou sua vida a Igreja e aos cuidados dos pequenos de Deus. Ingressou na vida religiosa e se dedicou a evangelização e cuidado com indígenas Xucuru da Serra do Oroubá. A mais nova Serva de Deus faleceu aos 91 anos e em 2019 foi inaugurado um memorial ao lado da capela do Colégio Damas no Recife.

A devoção a Irmã Adélia cresce a cada dia, impulsionada por relatos de milagres e sua vida de virtude. A Diocese de Pesqueira iniciou o processo de beatificação, reconhecendo sua dedicação à caridade e sua santidade vivida no cotidiano. Ainda que os critérios da Igreja para canonização sejam rigorosos, a devoção popular já a reconhece como santa, especialmente nas terras onde as aparições marianas ocorreram.

O caminho rumo à santidade de Irmã Adélia é marcado por um meticuloso processo de investigação, guiado pelo então cardeal Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI). O reconhecimento como serva de Deus é uma grande alegria para a Igreja no Brasil e contribui muito para o andamento da investigação da aparição de Cimbres, que já soma devotos no mundo todo.

Que o exemplo de vida da Irmã Adélia nos incentive a buscar uma vida mais santa e a acreditar cada dia mais na vocação a santidade dessa terra de Santa Cruz.

Veja também: Você conhece a história de Nossa Senhora de Cimbres

Biografia

Maria da Luz Teixeira de Carvalho, irmã Adélia, nasceu em Pesqueira (PE), no dia 16 de dezembro de 1922. Segunda dos quatorze filhos do casal Arthur Ferreira e Auta Monteiro. Em 1936 Maria da Luz e Maria da Conceição tiveram uma visão de Nossa Senhora enquanto colhiam mamona. Após esse dia, as duas meninas passaram a ir diariamente ao monte e lá se encontravam com a Virgem, rezavam o terço e o Ofício. A partir de então, aumentava cada vez mais a presença das pessoas àquele local. Chegavam fiéis de todas as partes para rezar, fazer seus pedidos e penitências.

Tendo ingressado no Instituto das Religiosas da Instrução Cristã (Damas), fez a sua vestição em 14 de janeiro de 1941 e recebeu o nome de irmã Adélia. “Grande consolação sentia em pensar que estava na mesma casa onde morava Jesus na Eucaristia que era a minha maior força”, dizia ela. Quando entrou no convento, pediu às superioras para ficar no anonimato pelo medo que tinha de não ser recebida ou ser incompreendida e dessa forma não poder ser religiosa. Era proibido falar nas aparições de Nossa Senhora no Sítio Guarda; mas ela ficou meditando sempre essa experiência em seu coração. O tempo passou, depois de provações e sacrifícios, a 15 de janeiro de 1943, Ir. Adélia fez seus Votos Perpétuos.

Ao ser transferida para a cidade de Vitória de Santo Antão (PE), pôde trabalhar com os pobres, como era seu desejo. Participou da fundação da Fraternidade do Cajá, onde residiu alguns anos e ministrou aulas de corte e costura, como também deu aulas no Mobral, atendeu doentes e evangelizou a muitos.

Nos anos 80 enfrentou um câncer, porém se manteve sempre firme na fé e confiante na cura. Assim, apesar da gravidade, ela ficou curada e viveu ainda por muitos anos.

Em março de 1982, irmã Adélia realizou vários trabalhos na favela Beira-Rio, na comunidade Santa Luzia, no Recife, bem como na colônia dos pescadores, em Itamaracá (PE). No Colégio Damas, estava sempre disponível para acolher os fiéis, rezar com eles e por eles. Irmã Adélia faleceu aos 91 anos, no dia 13 de outubro de 2013, na capital pernambucana.

Com informações da CNBB.

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