O que é ser um cidadão? Direitos e deveres
O povo parece que não tem consciência de seu dever que é cuidar deste mundo. Viver apenas prestigiando direitos que são desconectados da responsabilidade dos deveres, não é cidadania, mas sim, uma patologia social.
Ser cidadão, pra quê?
Em meio à sociedade maluca que oxida a felicidade dos mais distraídos, nos deparamos com um cenário onde sobra cidadania, mas faltam verdadeiros cidadãos.
A palavra cidadão nos aponta àquele que habita a cidade, e com base em seus direitos e deveres, toma decisões e atitudes que favorecem o desenvolvimento e a harmonia para todos.
Seria ótimo se as pessoas tivessem mais essa consciência, desenvolvida de forma mais concreta, de que os deveres devem caminhar conectados e alinhados aos direitos.
Todos temos direitos e deveres
Viver apenas prestigiando direitos que são desconectados da responsabilidade dos deveres, não é cidadania, mas sim, uma patologia social.
A impressão que temos é de que as pessoas caminham totalmente anestesiadas por aí e alheias a essa grande urgência deste tempo. Muitas reivindicações de direitos, mas pouco testemunho concreto de pessoas que praticam seus deveres.
A “Gatolândia” dos adultos sociopatas se estabelece nos mais diferentes pontos do nosso território. Em nome do direito de, por exemplo, assistir a um filme qualquer, alguns acabam abrindo mão do dever, da ética e honestidade, e se aventuram pelos gatos (ligações clandestinas) feitos com TV a cabo e DVDs piratas.
A corrupção em todas as esferas
Neste sábado, por exemplo, estava numa festa na cidade onde moro, e após enfrentar vários minutos debaixo do sol quente para pegar um sorvete para meus filhos.
Eis que de repente duas crianças que já haviam tomado sorvete, olharam para os lados e, como se ninguém estivesse olhando, entraram sorrateiros novamente na fila cortando lugar de dezenas de outras crianças.
Imediatamente conversei com eles explicando que era importante que desfrutassem de seu direito de tomar sorvete, mas que, também cumprissem com seu dever de pegar novamente a fila, respeitando assim os demais coleguinhas.
Das cenas mais tristes que acompanho nos ônibus de São Paulo, é o grande número de idosos que precisam viajar em pé por conta das pessoas mais jovens que usurpam a sacralidade e o respeito aos cabelos brancos.
Lutar contra a indiferença
É triste assistir a indiferença nas pessoas de hoje. O povo parece que não tem consciência de seu dever que é cuidar deste mundo.
Penso que uma das raízes deste furacão social, seja o fato de que na maioria das pessoas não há consciência de sua missão de vida.
E se não há um grande “porque” que nos conecta a algo maior, seguramente viveremos no raso dos prazeres imediatistas dos direitos, sem considerar o valor do sacrifício tão necessário para manter atualizada a responsabilidade nossa de cada dia.
Equipe Rede Pelo Bem
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