Sexta-feira Santa: Meditação de Santa Faustina sobre a Paixão de Jesus

“Hoje é sexta-feira. A minha alma encontra-se num mar de sofrimentos; os pecadores me tiraram tudo, mas bem assim, por eles entreguei tudo, para que conheçam Vossa bondade e Vossa infinita misericórdia.” (Diário de Santa Faustina 893)

Essa frase que Jesus diz à Santa Faustina tem muito a nos dizer também nesta Sexta-feira Santa, dia de jejum e abstinência, porque é quando o Senhor entregou tudo por nós, o dia em que Ele deu sua própria vida por amor a cada um de nós.

Sua alma e seu corpo sofrem por nossos pecados a ponto de suar sangue; seu corpo padece por cada flagelo e chicotada, cada espinho da coroa, cada murro, e com o peso da cruz. A dor física do Senhor é incomparável; o Deus que se fez homem está desfigurado, a dor espiritual é ainda maior.

Cristo carrega o peso dos nossos pecados em meio a zombaria e a humilhação. Ele percorre o caminho do calvário com todos esses sofrimentos e ainda é capaz de dizer, “Pai perdoa-lhes, eles são sabem o que fazem”.

Essa é a entrega total, esse é o amor maior que pode existir, Jesus deu a vida; Jesus deu tudo para que nós pudéssemos viver, para que nós conhecêssemos a misericórdia, para nos abrir as portas do Reino.

Por isso hoje, nesta sexta-feira, devemos com todas as nossas forças contemplar a cruz e buscar ao menos desejar nos unir a ela, unindo-nos ao Cristo Crucificado, unindo-nos ao Amor e ama-Lo!

Quando nos esforçamos para amar a Deus de todo o nosso coração, os obstáculos se tornam pequenos, nada pode nos manter longe do amor de Cristo se fizermos da vontade de Deus o nosso objetivo mais elevado. E através da graça de Deus as provações que passamos podem nos ajudar a nos transformar mais e mais à imagem de Cristo.

Esse é o caminho da Sexta-feira Santa. Vamos contemplar o madeiro, contemplar o sofrimento, contemplar a salvação.

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