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Qual é o nosso lugar na Via Crucis?

Na “Via Crucis” não podemos ser apenas espectadores. Estamos incluídos também nós, por isso devemos procurar o nosso lugar: onde estamos?

Não podemos ficar neutros

Acompanhamos Jesus na “Via Crucis”. Acompanhámo-lo aqui, pelo caminho dos mártires, no Coliseu, onde tantos sofreram por Cristo, deram a vida pelo Senhor, onde o próprio Senhor sofreu de novo em muitos.

E assim compreendemos que a “Via Crucis” não é uma coisa que pertence ao passado, a um determinado ponto da terra. A Cruz do Senhor abraça o mundo; a sua “Via Crucis” atravessa os continentes e os tempos.

Na “Via Crucis” não podemos ser apenas espectadores. Estamos incluídos também nós, por isso devemos procurar o nosso lugar: onde estamos?

Na “Via Crucis” não existe a possibilidade de ser neutro. Pilatos, intelectualmente cético, procurou ser neutro, ficar de fora; mas, precisamente assim, tomou uma posição contra a justiça, devido ao conformismo da sua carreira.

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Devemos procurar o nosso lugar

No espelho da Cruz vimos todos os sofrimentos da humanidade de hoje. Na Cruz de Cristo hoje vemos o sofrimento das crianças abandonadas, abusadas; as ameaças contra a família; a divisão do mundo na soberba dos ricos que não vêem Lázaro diante da porta e a miséria de tantos que sofrem fome e sede.

Mas vimos também “estações” de conforto. Vimos a Mãe, cuja bondade permanece fiel até à morte, e além da morte. Vimos a mulher corajosa que está diante do Senhor e não tem medo de mostrar a solidariedade com este Sofredor.

Vimos Simão, o Cireneu, um africano, que carrega, com Jesus, a Cruz. Por fim, vimos através destas “estações” de conforto que, assim como os sofrimentos não terminam, também as consolações não terminam.

Vimos como, no “caminho da Cruz”, Paulo encontrou o zelo da sua fé e acendeu a luz do amor. Vimos como Santo Agostinho encontrou o seu caminho: assim São Francisco de Assis, São Vicente de Paulo, São Maximiliano Kolbe, Madre Teresa de Calcutá.

E também nós somos convidados a encontrar a nossa posição, a encontrar com estes grandes, corajosos santos, o caminho de Jesus e para Jesus: o caminho da bondade, da verdade; a coragem do amor.

Compreendemos que “a Via Crucis” não é simplesmente uma coleção das coisas obscuras e tristes do mundo. Também não é um moralismo que se revela ineficiente. Não é um grito de protesta que nada muda.

A “Via Crucis” é o caminho da misericórdia, e da misericórdia que limita o mal: assim aprendemos do Papa João Paulo II. É o caminho da misericórdia e o caminho da salvação. E desta forma, somos convidados a ir pelo caminho da misericórdia e, com Jesus, a limitar o mal.

Pedimos ao Senhor que nos ajude, que nos ajude a sermos “contagiados” pela sua misericórdia.

Rezemos à Santa Mãe de Jesus, a Mãe da Misericórdia, para que nós possamos ser homens e mulheres da misericórdia e, desta forma, contribuir para a salvação do mundo; para a salvação das criaturas; para sermos homens e mulheres de Deus.

Amém!

Discurso do Papa Bento XVI após a Via Crucis no Coliseu, 14 de abril de 2006

Segundo fonte de Vatican.va

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