O papel de Maria na Igreja Primitiva
A Imaculada do Espírito Santo, Maria – a grande mãe de Deus e nossa – é venerada pela Igreja no mundo todo, mas pouco se fala sobre a sua importância na Igreja Primitiva, na comunidade dos Apóstolos.
Aquela que ficou aos pés da cruz, mas que não foi ao túmulo com as outras mulheres; não foi pois em seu íntimo sabia que o Senhor fazia maravilhas e estava vivo. Maria, essa que também estava reunida com os Apóstolos em Pentecostes.
Trata-se de uma figura materna que acolhia, amava e instruía os filhos que saiam em missão para pregar o evangelho de seu filho!
A Palavra de Deus não possui muitos relatos sobre Maria, mas a tradição católica nos afirma que ela esteve presente como mãe e conselheira, como sábia que estava sempre a disposição de seus filhos até o momento de sua gloriosa assunção aos Céus.
Ela que morou com o autor do quarto evangelho, o evangelho com mais simbolismos; ela que provavelmente narrou sua história aos discípulos para termos o relato de São Lucas; ela que estava presente nos momentos mais decisivos da história, como a encarnação, o nascimento e a morte de Jesus, seguindo-se da ressureição; ela que estava presente no momento da efusão do Espírito Santo sobre os apóstolos no cenáculo, onde o mesmo espírito defensor já havia vindo sobre ela para gerar o Cristo.
Vejamos como a Igreja dos primeiros séculos tratava Nossa Senhora. Acompanhemos alguns relatos dos primeiros séculos e da chamada Patrística (escritos dos Pais da Igreja) sobre o Papel de Maria na Salvação:
“Assim como Eva, seduzida pela palavra do maligno, para que se afastasse de Deus, pecou contra a palavra d’Este, assim Maria, evangelizada pela palavra, mereceu trazer a Deus. E se aquela desobedeceu a Deus, esta foi obediente a Ele, para que a Virgem Maria se tornasse advogada de Eva.” (Santo Irineu de Lião ADVERSUS HAERESES L. 5, cap. 19).
“Esta virgem Maria é chamada mãe do Filho único de Deus. Digna mãe de um digno Filho; mãe imaculada de um Filho santo e imaculado; mãe única de um Filho único. Tomai a Maria como um trono celeste que se vos dá a guardar, diz o anjo a José, como todas as riquezas da divindade, como a plenitude da santidade, como uma justiça perfeita. Tomai-a e guardai-a, como residência do Filho único de Deus, como seu templo honorável, como o dom de Deus, como a morada imaculada do real e celeste esposo.” (Origenes; Apud. A. Nicolas – LA VIERGE MARIE ET LE PLAN DIVIN, tomo 4° págs.l03-104).
“Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu.” (Santo André Apost. in transitu B. V., apud Amad.).
“Maria é a Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus” (São Tiago; . Jac. in Liturgia).
São Dionísio de Areopagita diz: “Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes”. São Jerônimo e Santo Agostinho também proclamam que Maria é mãe de Deus venerada pela Igreja, além de muitos outros.
Portanto, podemos ver que a Igreja sempre venerou a Santíssima Virgem Maria como Mãe de Deus, nossa mãe, virgem e exemplo de obediência. A Igreja também sempre reconheceu seu papel fundamental na salvação e na vida da própria Igreja, enquanto caminhava na Terra falando diretamente aos apóstolos e depois elevada por Deus aos céus através de sua intercessão e de suas aparições que não cessam de nos conduzir ao seu filho Jesus.
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